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14.934 vidas perdidas para o trânsito no Ceará


Por Mariana Czerwonka Publicado 10/12/2012 às 02h00 Atualizado 08/11/2022 às 17h29
 Tempo de leitura estimado: 00:00

O reflexo aparece no sistema de saúde e na Previdência Social, com gastos volumosos com acidentados do trânsito

O número de mortes em acidentes de trânsito só cresce a cada ano. Estatísticas apontam que, entre 2002 e 2010, 14.934 pessoas morreram vítimas de acidentes de trânsito somente no Ceará, conforme o Sistema de Informações de Mortalidade (SIM), do Ministério da Saúde.

Além do dano físico, que em alguns casos é irreparável, o reflexo aparece no sistema de saúde e na Previdência Social, gerando prejuízos aos cofres públicos. Com o objetivo de chamar a atenção da população para essa dura realidade foi realizado, sábado, no Centro Dragão do Mar, ato em memória às vítimas.

Cruzes representando os 26 estados brasileiros e o Distrito Federal simbolizaram as 40.610 vidas perdidas para o trânsito em todo o Brasil em 2010. Maxuel Ribeiro, presidente do Instituto de Defesa da Cidadania (Ibradec) explica que o intuito é sensibilizar a população para a problemática das mortes no trânsito. “Os acidentes ocupam a 10ª posição no ranking de mortes no Brasil”, ressalta. Informa ainda que em torno de R$ 28 bilhões são gastos por ano com as vítimas de acidentes de trânsito.

O evento contou com apoio da Secretaria da Saúde do Estado (Sesa), SAMU, 192, Polícia Rodoviária Estadual, Cruz Vermelha e da Federação de Moto Clubes e Moto Grupos do Ceará. Para encerrar o ato, uma celebração ecumênica foi realizada no Aterro da Praia de Iracema.

Jaime Ferreira, diretor de comunicação da Cruz Vermelha, há 34 anos pilota motos e conta que nunca se acidentou. Sensibilizado com a causa, ele lamenta os dados alarmantes e diz que a ideia da campanha é buscar diminuir o número de acidentes.

Referência no atendimento de traumas, o Instituto Doutor José Frota (IJF) chega a atender, mensalmente, aproximadamente 600 acidentados só de motos, segundo informações do coordenador de Urgência e Emergência da Sesa, Alex Mont´Alverne.

São pacientes com quadro grave de saúde. Geralmente, eles sofrem fraturas expostas, traumatismo crânio encefálico e traumatismo de coluna com lesão neurológica, podendo deixar a vítima paralítica. Além do risco de morte, grande parte dos acidentados fica com sequelas.

Mont´Alverne comenta que um paciente vítima de acidente de trânsito em estado grave passa, no mínimo, 30 dias internado. Com ele, é gasto em torno de R$ 45 mil, somando com o custo das cirurgias. “Se tirássemos os acidentados de motos, esvaziaríamos as macas do José Frota”, salienta o coordenador da Urgência e Emergência da Sesa.

Meta

No ano passado, os ministérios da Saúde e das Cidades assinaram o Pacto Nacional pela Redução dos Acidentes no Trânsito – Pacto pela Vida. A meta é reduzir o número de mortes e lesões em acidentes de transporte terrestre nos próximos dez anos, como adesão ao Plano da Década de Ações para a Segurança no Trânsito (2011-2020), recomendação da Organização das Nações Unidas (ONU), com a coordenação da Organização Mundial da Saúde (OMS).

Em setembro deste ano, foi realizado, em Fortaleza, o Seminário Responsabilidade no Trânsito em Prol da Vida, uma parceria da Sesa com o Ibradec, durante o Fórum Brasileiro de Valorização e Preservação da Vida no Trânsito (Fortran 2012).

Fonte: Diário do Nordeste

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