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Cuidados simples podem evitar acidentes nas estradas


Por Mariana Czerwonka Publicado 18/01/2014 às 02h00 Atualizado 08/11/2022 às 23h21
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Acidentes nas estradas

Manutenção do veículo, respeito ao limite de velocidade e atenção redobrada são importantes dicas para as viagens de férias

Com a chegada das férias, o número de veículos nas estradas aumenta, assim como os riscos de acidentes. Todos os anos, o Hospital João XXIII, da Fundação Hospitalar de Minas Gerais (Fhemig), atende diversos casos de traumas e fraturas em decorrência de acidentes nas estradas. Só no ano passado, foram 11.097 atendimentos desse tipo. Em 2012, o total foi de 11.117 casos.

Segundo a Organização Mundial de Saúde, 90% dos acidentes de trânsito são causados por falha humana, 6% são por questões relacionadas às condições das estradas e 4% por falhas mecânicas. A imprudência – especialmente o excesso de velocidade aliado à execução de manobras perigosas – ainda está entre os principais motivos de acidentes nas estradas.

Paulo Roberto Carreiro, cirurgião do HJXXIII, explica que quanto maior a velocidade, mais graves costumam ser as lesões causadas pela batida. “O acidente na estrada tende a ser mais grave por conta da velocidade média ser mais alta. No momento do impacto, essa velocidade se converte em energia a ser transmitida para o corpo do ocupante do veículo. E é justamente a quantidade de energia transferida que vai determinar a gravidade dos ferimentos”, explica.

Lesões mais recorrentes

Carreiro esclarece que o tipo de lesão decorrente de acidentes com veículos automotores é muito variável, mas destaca os traumatismos cranioencefálicos (TCE), fraturas múltiplas, incluindo as da coluna vertebral, além de traumatismos abdominais e torácicos. “São pacientes que, muitas das vezes, evoluem para óbito ou passam por internações prolongadas no CTI. Podemos afirmar que, nas primeiras 24 horas após o trauma, 80% das mortes precoces são causadas por hemorragias externas ou internas. Já a maioria dos casos de óbito após semanas de internação costumam acontecer, principalmente, com pacientes com quadro de TCE que costumam ser vítimas de complicações como falências múltipla de órgãos”, pontua o médico.

As sequelas de traumas graves também variam, podendo ir de uma incapacidade para realizar determinado movimento até sequelas neurológicas sérias de cognição e raciocínio, tetra e paraplegia, coma ou mesmo estado vegetativo.

Experiência

A família da dona de casa Priscila Araújo dos Santos saiu de Pernambuco no dia 6 de janeiro deste ano rumo a São Paulo, onde vivem. No dia 8, quando passavam pelo km 30 da BR-381, o marido perdeu o controle do carro devido a um buraco e à presença de óleo no asfalto. O veículo rodou e bateu no carro que vinha no outro sentido da pista. “Eu desmaiei na hora. Meu filho de 2 anos, que estava no banco de trás comigo, e meu marido não tiveram nada. Já o meu filho mais velho teve corte na cabeça e fraturou o fêmur”, relata.

A dona de casa conta que, durante o trajeto, observou diversas cenas de imprudência no trânsito. “Vimos vários motoristas se arriscando em ultrapassagens perigosas, inclusive caminhões. Atitudes que colocam em risco não só a própria vida, mas a de outras pessoas”, disse.

Cuidados

– Realize manutenção preventiva do veículo antes de viajar;

– Não dirija em alta velocidade;

– Jamais dirija sob efeito de álcool;

– Mantenha a distância segura em relação ao veículo da frente;

– Não realize ultrapassagem à direita;

– Use cinto de segurança;

– Crianças devem ser transportadas com a utilização de equipamentos de segurança adequados à idade, peso e altura.

– Objetos e bagagens devem ser transportados no porta-malas. Em uma colisão, o objeto solto pode ser arremessado no interior do veículo e seu peso é multiplicado por 50 vezes, ou mais, dependendo da velocidade.

Fonte: Diário de Araxá

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