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Distração é causa de acidentes; especialistas pedem atenção


Por Mariana Czerwonka Publicado 08/01/2015 às 02h00 Atualizado 08/11/2022 às 22h58
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Distração ao volanteO celular, a paisagem, a placa de publicidade, os afazeres do dia…vários são os fatores e maior ainda o número de riscos levados ao trânsito quando um motorista simplesmente se distrai ao volante. E com a chegada das férias, é de se supor que muita gente vá postar várias fotos redes sociais, mostrando a imagem da estrada e o tanto que falta para chegar ao destino. Tudo isso com o veículo em movimento.

De acordo com a Polícia Rodoviária Federal, 46% das colisões em rodovias brasileiras ocorridas em 2012 foram causadas por motoristas desatentos. E o problema não é apenas no Brasil: no mesmo ano, a agência de segurança viária National Highway Traffic Safety Agency (NHTSA), registrou 3.092 óbitos em acidentes causados por distração nos Estados Unidos.

Na opinião de Luiz Gustavo Campos, especialista em Gestão de Trânsito e Mobilidade Urbana da Perkons (empresa que desenvolve e aplica tecnologias de segurança em trânsito), estar atento pode salvar vidas, principalmente porque o tempo de frenagem diante de uma situação de risco aumenta com a desatenção. “O indivíduo atento ao tráfego tem melhores condições de reagir a tempo de evitar choques”, comenta.

José Aparecido da Silva, PhD em Percepção e Psicofísica pela Universidade da Califórnia e professor do Departamento de Psicologia e Educação da Universidade de São Paulo, destaca, além da visão, outros sentidos: o tato, na hora de avaliar o toque, a textura e a largura na relação com os itens do carro; o cinestésico, que proporciona a sensação de movimento, fazendo com que o condutor tenha a exata noção de onde estão seus membros e qual o movimento estão fazendo sem ter de olhar para eles e o vestibular, impulsos enviados ao cérebro que controlam o movimento dos olhos ou os músculos e mantêm o corpo firme.

José Aparecido considera também que, para reverter as estatísticas de acidentes, causados em grande parte por desatenção, é preciso que o exame de habilitação seja mais rigoroso. “O condutor deveria fazer um teste de inteligência que apontasse um QI acima de 90 e que implantássemos o Hazard Perception Test, utilizado na Austrália, que observa como o candidato reage em situações de perigo no trânsito”. Para ele, o governo deveria fomentar, ainda, celulares que desligassem automaticamente quando o carro estivesse em movimento.

Além disso, na opinião de Pimenta, aplicativos como ‘Mãos no Volante’, que não deixam o celular tocar, enviando uma mensagem a quem está ligando  informando que o dono do aparelho está dirigindo, deveriam vir de fábrica obrigatoriamente. No entanto, atualmente, está apenas disponível para o sistema  Android.

Fonte: A Tribuna

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