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Especialista aponta que caos no trânsito é ‘logística inadequada’


Por Talita Inaba Publicado 24/04/2013 às 03h00 Atualizado 08/11/2022 às 23h41
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A logística inadequada dos terminais portuários é o principal fator para que os congestionamentos de caminhões só aumente na Baixada Santista. A opinião é do engenheiro Érico Almeida, especialista em trânsito. “O grande problema é que os operadores portuários não construíram silos (depósitos). Esses grãos que chegam deveriam ser descarregados e o caminhão ir embora. Existe uma lei em que o caminhoneiro trabalha quatro horas e descansa meia hora, mas estão levando o caminhoneiro a ficar até 18 horas dentro do caminhão”, afirma. Segundo o especialista, os operadores portuários devem pagar multa quando não atendem o caminhoneiro na hora em que ele chega ao local. “O terminal tem a obrigação de atender, estão escravizando os caminhoneiros”. O engenheiro defende uma mudança urgente no modelo do transporte de cargas. Para Almeida, o Governo do Estado precisa investir na construção do Ferroanel. “Os políticos da região deveriam apoiar o Ferroanel em volta de São Paulo, porque as cargas viriam (por trens) sem atrapalhar o trânsito”. Estacionamento Como única solução neste momento, o especialista cita a construção de um estacionamento para 10 mil caminhões, no Retão da Alemoa, com toda a infraestrutura para atender aos motoristas. “Existe uma área da rede ferroviária Federal que já foi apalavrada com a Prefeitura de Santos para a construção de um terminal para caminhões. A Prefeitura tem a obrigação de brigar por esse espaço”. Érico Almeida acredita que o projeto que prevê novos viadutos na entrada de Santos só deve diminuir o congestionamento em, no máximo, 20%. Assim, é necessário um trabalho muito além dessas obras, que nem saíram do papel. “Se a safra de açúcar colar na de grãos a partir de maio, vamos com congestionamentos até agosto”. Respostas A Codesp afirmou, por meio de assessoria de imprensa, que o caos na manhã de ontem foi devido a falhas na entrada de dois terminais portuários :Cosan e T-Grão. A autoridade portuária esclareceu que, por não ser falha de agendamento (ou seja, como não há diferença entre o número de caminhões e a capacidade do terminal), aguarda a normalização da situação. Até ontem não havia apenas para as empresas. A Ecovias, por outro lado ,destacou em nota que, ontem mesmo, sugeriu, em reunião no Conselho de Autoridade Portuária (CAP), que o Retão da Alemoa não seja mais utilizado como bolsão de estacionamento e que os caminhões que chegam ao Porto de Santos dirijam se diretamente aos terminais. Fonte: A Tribuna

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