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Queda no uso de ônibus aumenta trânsito e encarece passagens


Por Mariana Czerwonka Publicado 22/12/2012 às 02h00 Atualizado 08/11/2022 às 23h54
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Em abril de 1995, média era de 2,59 passageiros por km em nove capitais. Em outubro de 2011, caiu para 1,63 passageiros, 37% a menos

Uma pesquisa mostra que o brasileiro vem usando menos o ônibus como meio de transporte nas grandes cidades.

Se tivesse escolha, muita gente não estaria esperando o ônibus, e quem está de carro não troca. Uma pesquisa realizada em nove capitais mostra que o número de passageiros transportados por ônibus tem caído desde meados da década de 1990.

Em abril de 1995, a média era de 2,59 passageiros por quilômetro. Em outubro de 2011, caiu para 1,63, segundo a Associação Nacional das Empresas de Transportes Urbanos, uma diferença de 37%.

Enquanto isso, no mesmo período, o aumento no número de carros licenciados foi de 88%, de acordo com a Anfavea (Associação Nacional dos Fabricantes de Veículos Automotores) e o Denatran (Departamento Nacional de Trânsito).

“Com os incentivos de redução de impostos, o IPI, facilidade de financiamento, as pessoas migraram para o seu sonho de consumo, que é o automóvel, em detrimento do transporte público”, diz Otávio Cunha, presidente da NTU (Associação Nacional das Empresas de Transportes Urbanos).

Um indicativo da eficiência do transporte público é a velocidade dos ônibus. Nos corredores exclusivos, como os que existem em São Paulo, eles não podem ficar parando o tempo todo, porque, se isso acontece, menos viagens são feitas e menos passageiros são transportados. O valor da passagem sobe para cobrir os custos do sistema.

O especialista em transportes Sérgio Ejzenberg diz que essa realidade precisa mudar. “É necessário melhorar o funcionamento dos ônibus como corredores, de tal forma que eles sejam menos caros, mais eficientes, a tarifa menor, ou menor é o subsídio, e as pessoas perdem menos tempo. Substitui o ciclo vicioso pelo ciclo virtuoso, onde todos vão ganhar”, afirma.

Fonte: Jornal da Globo

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