Nós usamos cookies para melhorar a sua experiência em nossos sites, personalizar publicidade e recomendar conteúdo de seu interesse. Ao acessar o Portal do Trânsito, você concorda com o uso dessa tecnologia. Saiba mais em nossa Política de Privacidade.

Como estão pedalando os ciclistas na sua cidade?


Por ACésarVeiga Publicado 21/08/2020 às 21h30 Atualizado 02/11/2022 às 20h01
 Tempo de leitura estimado: 00:00

ACésar Veiga pretende incentivar a prática das atitudes coletivas, principalmente em relação aos ciclistas. O objetivo é o cidadão aprender a partilhar e valorizar a vida.

Foto: Pixabay.com

Minha intimidade com as “bicicletas”, afinal de contas, sempre fizeram morada em nuvem de fumaça branca.

Quando jovem, na adolescência, sempre as mantive como a olhar de longe na esperança de que atuando assim, seria bastante fácil evitar certos dissabores.

Alguns podem até pensar que seja preconceito, mas sou humilde ao dizer que sempre as amei “platonicamente”. (e saibam que isso não escapa do “radar” da verdade)

Confesso com honestidade que gosto mesmo, é de reparar os “ciclistas” dando-se ao luxo de pedalar…

…pedalando por aí, sem ter que achar alguma coisa.

Apenas impulsionando os pedais…energeticamente arremessados por sua amizade íntima e sólida, àquele veículo de duas rodas presas a um quadro.

E é isso efetivamente que parece que estão a fazer…(somente exercitando o “nada fazer”, em estilo suave e sedutor)

Mas todos sabem que o mundo das regras existe. (estará afastada esta possibilidade para você?)

E elas existem, com o objetivo de surgirem às exceções.

Os exemplos seriam numerosos – mesmo sem consultar a especialistas, mas quero aqui chegar ao “nó” da questão.

Muitos dizem que:

– “Os ciclistas são cuidadosos no trânsito”. (bem sei que para alguns a frase terá uma recepção muito hostil, mas…)

Claro que não desejo espalhar energia negativa pelo mundo, e nem transitar pelo realismo ingênuo…estou simplesmente indagando sobre as possibilidades, o que não é necessariamente aceitar.

Busco sim – sem muita desaprovação, transcrever uma situação e que o cenário, seja motivo de discussão desapaixonada e racional.

Bem, estava trafegando na “Avenida Ipiranga” – Porto Alegre; e vi com meus próprios olhos – ninguém contou…parecia um andarilho. (mas não aquele caminhante que percorre muitas terras)

Este era um viajante sobre a “bike”, circulando na via principal.

Pedalando, pedalando, pedalando…(Sim, até aí algo aparentemente muito natural, diriam alguns)

Mas este, em seu mundo particular, “bicicletiava” absolutamente a desabonar “xingos” e “gestos obscenos” daqueles que o viam passar, ou o ultrapassavam…exclusivamente – ao menos aparentando, a vagar verdadeiramente desprezando o “rebuliço” que ocasionava, tanto aos automóveis quanto aos ônibus.

O solitário homem sobre a sua “bike”, parecia estar em lugar de liberdade e libertinagem…movendo os pedais, como a tratar de seus próprios negócios e a desconsiderar sua atitude francamente perigosa.

Sim, no meio da “avenida” de forma provocativa e bem-humorada, misturado ao trânsito caótico e intenso.

E assim seguia “mundão” afora, impulsionado exclusivamente por “apetites” incontroláveis.

Mas falando com mais rigor, sabemos que existem fartos indícios de que, não são raros os casos de transgressões dos ciclistas no trânsito urbano.

Concordam? (espero que o diabo não pegue fogo agora)

– Cruzam sinais fechados com suas bicicletas;

– Andam velozmente pelas calçadas;

– Trafegam na contramão;

– Invadem as faixas exclusivas para ônibus;

– Não respeitam a velocidade das ciclovias/ciclofaixas;

– Transitam sem os equipamentos necessários (os seus e os da “bike”);

– Não respeitando as placas de sinalizações e nem as faixas de pedestres…

Bem, e por aí se vão mais algumas “traquinagens” que tomo a liberdade de não relatar, mas que…alguns “ciclistas” ultrapassam os limites exigidos, e marcham sem cerimônia pelo terreno da imprudência, isso realmente não há como negar.

Como sabem a “educação” não se faz somente com livros…ela se realiza também com o adquirir de novos hábitos.

Então, invoco aos leitores “amantes do pedal” que assumam sua porcentagem nestes “direitos autorais”, e que passem a engajar-se nesta breve sentença de conteúdo moral.

Pensem que há muitas forças psicológicas e emocionais interligadas em ação…então generosamente peço que “acolham” a frase a seguir:

– “Eu, fulano de tal (diga o seu nome em “voz sumida”) prometo ser obediente às regras de trânsito, cabíveis a mim e a minha bicicleta”.

Disse?!

Pronto, você já está batizado.

E que este cerimonial não seja considerado lúcido demais e nem ocasione estresse ou indignação, mas sim prazer e alegria para toda e qualquer pessoa. (e isso inclui você)

A sociedade está cansada de pequenas agressões cotidianas como desrespeito, individualismo e falta de ética, que são mais comuns nas vias públicas do que os delitos graves…são incivilidades, que incomodam mais pela frequência e intensidade com que ocorrem, do que por sua gravidade.

Então, que os transgressores se movam sem precisar de supervisão constante, e que saibam que ter atitudes equilibradas não é fruto de um dom ou da maturidade, mas consequência de um processo de construção e aprendizagem.

Que possamos incentivar a prática das atitudes coletivas, pois quem sabe assim o cidadão aprenda a partilhar e valorizar os outros e a vida.

Um forte abraço…(abraço este do tamanho das “ciclovias/ciclofaixas” existentes por ai – tanto para os ciclistas desta capital como do mundo)

Se gostar, compartilhe com amigos ciclistas e não ciclistas

 

Receba as mais lidas da semana por e-mail

Comentar

O seu endereço de e-mail não será publicado. Campos obrigatórios são marcados com *