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74,8% dos motociclistas registraram uso de álcool


Por Mariana Czerwonka Publicado 13/05/2011 às 03h00 Atualizado 10/11/2022 às 18h51
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A ocorrência de acidentes de trânsito ligados ao consumo de álcool, nas cinco regiões brasileiras, está cada vez mais atrelada à pilotagem de motocicletas, comprova pesquisa divulgada nesta quarta-feira (11) pelo Ministério da Saúde. O órgão analisou o trânsito de seis capitais, entre elas o Recife. O estudo aponta também excesso de velocidade e más condições de veículos e das vias como principais causas de acidentes, além de traçar um novo perfil das vítimas. Na capital pernambucana, quando considerados os motociclistas envolvidos em acidentes, os condutores com álcool no sangue representam 74,8% no rol de examinados. Já entre os acidentes ocorridos com motoristas de automóveis, 65,9% estavam alcoolizados. Na amostra dos pedestres, o percentual cai para 35,7%. A divulgação marcou o início da campanha global Plano da Década de Ação de Segurança no Trânsito 2011/2020, promovida pela Organização das Nações Unidas (ONU) e Organização Mundial da Saúde (OMS). O plano tem como meta reduzir em 50% as mortes no trânsito em todo o mundo nos próximos dez anos. A estimativa da OMS é que cerca de 1,3 milhão de pessoas no mundo morram no trânsito por ano. Além do Recife, a pesquisa foi desenvolvida em Manaus (AM), Fortaleza (CE), Brasília (DF), São Paulo (SP) e Curitiba (PR) e reuniu dados de 1.248 vítimas de acidentes de trânsito ocorridos entre 0h de 22 de maio e 24h de 28 de maio de 2009. Segundo o estudo, na Capital, motociclistas representam a maior proporção dos acidentados (38,2%), seguidos pelos passageiros das motos (16,3%) e pelos pedestres (15,8%). De acordo com Ana Glória Melcop, coordenadora-geral da pesquisa, desenvolvida pelo Instituto de Medicina Integral Professor Fernando Figueira (Imip), em parceria com o Centro de Prevenção às Dependências (CPD) e patrocínio do Ministério da Saúde e Prefeitura do Recife, o estudo evidenciou alguns fatores que antes não eram considerados no combate às mortes no trânsito. “É preciso levar em conta outros atores do trânsito, como pedestres, ciclistas e passageiros, que, sob efeito do álcool, também arriscam suas vidas nas vias públicas”, afirmou. Para se ter uma ideia, do universo total do estudo, atropelamento (20,5%) só fica atrás de queda (21,7%) e colisão (34,2%) entre os tipos de acidente. Outro índice coloca motociclistas e ciclistas de entregas rápidas no terceiro lugar entre as ocupações dos acidentados. Eles são superados apenas por estudantes e desempregados ou desocupados. A pressão para cumprir prazos e o aumento da frota de motos é apontado por profissionais como causa da alta incidência de ocorrências na categoria. “Nosso tempo de entrega é muito apertado e por isso temos que correr mais, o que aumenta o risco”, assegura Christian de Araújo, 25 anos, que já tombou no chão com a moto durante o expediente. Adolfo Campelo, 33, entregador há 12 anos, conta que quebrou a perna duas vezes enquanto trabalhava. O estudo ainda estabeleceu recomendações que poderiam ser adotadas pela sociedade e pelo poder público. Entre elas, estão o maior investimento na formação dos agentes de trânsito e do pedestre e a melhor avaliação das condições dos veículos e das vias. Fonte: Jornal do Commércio

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