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Assim como em 2017, a maioria das indenizações pagas pelo DPVAT no ano passado foi para motociclistas


Por Mariana Czerwonka Publicado 26/03/2019 às 03h00 Atualizado 08/11/2022 às 22h05
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Indenizações pagas pelo DPVATA maior incidência de reembolsos pagos manteve o mesmo perfil identificado em anos anteriores: a maioria das vítimas é do sexo masculino, com idades entre 18 e 34 anos. Foto: Arquivo Tecnodata.

Dados da Seguradora Líder, que administra o DPVAT, mostram que entre janeiro e dezembro de 2018, mais de 320 mil indenizações foram pagas nos três tipos de cobertura: Morte, Invalidez Permanente e reembolso de Despesas de Assistência Médica e Suplementares (DAMS).  Esse número é 15% menor do que o registrado em 2017.

Do total de indenizações pagas no ano passado, 70% foram para acidentes de trânsito com vítimas que adquiriam algum tipo de invalidez permanente. Foram mais de 228 mil ocorrências nessa cobertura. Representando apenas 27% da frota nacional, as motocicletas foram responsáveis por cerca de 75% das indenizações pagas em 2018, acumulando mais de 246 mil pagamentos .

O Boletim Estatístico na íntegra está disponível aqui. 

Os casos de Morte registraram queda de 7% em relação ao mesmo período do ano passado e representaram 38.281 pagamentos. O número de reembolsos de Despesas de Assistência Médica e Suplementares (DAMS) cresceu 5% na comparação com 2017.

Os casos de Invalidez Permanente representaram a maioria das indenizações pagas pelo Seguro DPVAT no período (69%), apresentando uma redução de 20% ante o mesmo período de 2017.

Os pagamentos das indenizações referem-se às ocorrências no período e em anos anteriores, observado o prazo prescricional de 3 (três) anos para solicitar o benefício do Seguro DPVAT.
Ranking

Pela primeira vez, o Relatório Anual da Seguradora Líder traz os Rankings com Estados e Capitais com mais indenizações pagas considerando um cruzamento proporcional à frota no ano da análise.

De acordo com essa análise, Rondônia, Roraima e Tocantins são os estados com o maior indicador DPVAT, enquanto Distrito Federal, Rio de Janeiro e São Paulo têm o menor número. Em relação às capitais Boa Vista, Porto Velho e Campo Grande, lideram o ranking do total de sinistros pagos em 2018 (em relação a frota de veículos).

Perfil das indenizações

A maior incidência de reembolsos pagos manteve o mesmo perfil identificado em anos anteriores: a maioria das vítimas é do sexo masculino, com idades entre 18 e 34 anos. Esse público representa 47% do total, o que corresponde a cerca de 155 mil indenizações.

Nesse período, a Região Nordeste foi a responsável pela maior concentração das indenizações pagas pelo Seguro DPVAT (30%), embora sua frota seja apenas a 3ª maior do País (17% dos veículos), atrás das regiões Sudeste (49% da frota nacional) e Sul (20% da frota nacional).

A maior incidência de acidentes indenizados ocorreu no período do anoitecer, entre 17h e 19h59, representando 23% das indenizações, seguido pela tarde, que representou 21% das indenizações em 2018.

Motocicletas

A motocicleta foi o veículo com o maior número de indenizações pagas em 2018. Apesar de representar apenas 27% da frota nacional, concentrou 75% das indenizações pagas. A maioria das indenizações por morte em acidentes com motocicletas foram para vítimas do sexo masculino.

Para os casos de vítimas com sequelas permanentes, 79% das indenizações por acidentes com motocicletas também foram para vítimas do sexo masculino, enquanto as indenizações por acidentes com os demais veículos, pagas também para os homens, representaram 65%, o que demonstra que a concentração de vítimas do sexo masculino é maior nos acidentes com motocicletas do que com os demais veículos.

As vítimas de acidentes com motocicletas são em sua maioria jovens em idade economicamente ativa. No período citado, as vítimas entre 18 e 34 anos concentraram 49% dos acidentes fatais e 53% dos acidentes com sequelas permanentes. Foram pagas, aproximadamente, 96 mil indenizações por invalidez permanente às vítimas nessa faixa etária, em acidentes envolvendo o uso de motocicletas.

Para Celso Mariano, especialista em trânsito e diretor do Portal, a falta de fiscalização principalmente em relação a CNH favorece esses números.

“Quantas vezes nos últimos anos você foi parado numa blitz? Quantas vezes já solicitaram a apresentação da sua CNH em uma operação policial? Não temos uma fiscalização intensificada para averiguar os motoristas que dirigem sem a CNH. A falta de habilitação possui ainda uma correlação com a faixa econômica dos cidadãos, principalmente motociclistas. São pessoas de baixa renda, que optam por comprar a moto, mas não têm condição de pagar pela habilitação. Isso é muito característico nas pequenas cidades no nordeste”, afirma o especialista.

Fraudes

De acordo com o Relatório, em 2018, as ações de combate sistemático às fraudes foram ampliadas, com destaque para a implementação de um novo modelo de Prevenção e Combate às Fraudes, com ferramentas de analytics, e a contratação de um novo motor de regras. Todos os pedidos de indenização do Seguro DPVAT recebem o monitoramento contínuo, sendo avaliado pelos softwares de inteligência artificial, o que garantiu mais eficácia nas ações de prevenção, investigação e detecção de ocorrências. Para o período de Janeiro até Dezembro de 2018, foram identificadas 11.898 fraudes.

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