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Conheça os melhores destinos para pedalar em viagens


Por Mariana Czerwonka Publicado 09/03/2014 às 03h00 Atualizado 08/11/2022 às 23h17
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Para pedalar em viagens

Pedalar tem se tornado uma prática frequente no Recife. Mas o desafio de incluir a bicicleta entre os principais meios de transporte oferecendo uma infraestrutura eficiente não é só uma preocupação da capital pernambucana. Em outras cidades do Brasil e por todo mundo, programas de aluguéis de bikes estão sendo criados ou melhorados e vias ciclísticas estão sendo ampliadas.

E para os amantes do cicloturismo ou aqueles que pretendem utilizar a magrela em roteiros turísticos, se informar sobre a estrutura que cada cidade oferece ao ciclistas evita surpresas durante a viagem. Em alguns países, estacionar a bike em local proibido é motivo para multa, por exemplo. Confira as cidades amigáveis ao uso da bike de acordo com o ranking de 2013 da Copenhagenize e com o estudo realizado pelo Portal Mobilize.

Amsterdã, Holanda

“Este é o único lugar no planeta onde o fator medo associado ao ciclismo é inexistente”, afirma o estudo da Copenhagenize. A cidade é definida como a mais agradável e segura para o transporte sobre duas rodas. Lá a bike é considerada como o principal meio de transporte para mais da metade da população. As ruas são adaptadas para o tráfego sobre duas rodas e contam com ciclofaixas, ciclovias, sinais de trânsito, posto de aluguel, estacionamentos e guardas. A falha fica por conta das condições do ciclismo e da saturação de bicicletas na região central da cidade.

Copenhague, Dinamarca

A capital dinamarquesa é considerada a segunda do ranking The Copenhagenize. Metade da população faz uso da bicicleta como principal meio de transporte. Ela também é considerada a cidade mais bem projetada quando se trata de rede de infraestrutura para bicicleta. Projetos neste sentido são constantes, em especial à integração entre as bikes e outros modais. Entre os problemas está o aumento de estacionamentos para carros à custa do ciclismo.

Utrech, Holanda

A quarta maior cidade do país também está entre os melhores destinos para os ciclistas. Cerca de 340 mil moradores aproveitam a estrutura para o ciclismo, somando cerca de 30% dos deslocamentos diários feitos. O nível da infraestrutura coloca a cidade entre os locais indispensáveis no mapa de cultura da bicicleta.

Sevilha, Espanha

Em 2006 a cidade tinha uma cota modal de 0,5%. Hoje as magrelas da cidade possuem 7% de participação modal. Seu sistema de compartilhamento de bicicletas desempenhou papel central nessa evolução. Classificada como “garoto-propaganda do planejamento do moderno movimento em prol das bicicletas” Sevilha conseguiu construir em um ano 80km de infraestrutura para bicicletas. “Investimento e visão” são essenciais para a cidade continuar entre as cidades amigáveis ao uso da bicicleta.

Bordeaux, França

São mais de 200 km de vias na região central da cidade e mais de 400 km na periferia. Nos últimos anos o investimento tem sido mais em ciclofaixas e ciclovias. O sistema de partilha de bicicletas implantado é o grande sucesso e atualmente representa 10% dos modais.

Nantes, França

A cidade já teve aumento de quase 400km na infraestrutura cicloviária, investimento que vem desde 2009. Até este ano, 40 milhões de euros serão gastos neste sentido. Segundo o estudo, Nantes está disposta a permanecer no ranking entre as cidades amigas das bicicletas. Um sistema de partilha de magrelas e subsídios para a compra de bicicletas de carga também impulsionam o ranking. A cidade também eleita como a capital verde da Europa ainda vai sediar a Velo-City Bicycle Conference em 2015.

Antuérpia, Bélgica

A cidade tem mantido um nível constante de tráfego de bicicletas com uma cota modal de 16%. A modernização tem sido a grande aliada na aposta da bike como  meio de transporte principal. Entre os principais destaques está a instalação de um estacionamento de bicicletas na estação Central de trem. A cidade também introduziu um sistema de partilha de bikes e segundo o Copenhagenize, ele é uma inspiração para cidades de médio porte que procuram melhorar as condições para os usuários de bicicletas.

Berlim, Alemanha

A maior cidade da Alemanha é a oitava melhor do mundo para andar de bicicleta. Por ser plana, se torna mais fácil para trafegar. A cota modal representa 13%, mas em alguns bairros chega a marcar 25%. Lá a infraestrutura para as bicicletas contribui positivamente para incentivar os cidadãos a andar sobre duas rodas.

Dublin, Irlanda

Com um programa público de aluguel de bikes mais bem sucedidos da Europa, desde 2010 a cidade registra a marca de 2,5 milhões de locações. Pelo menos 10% da população usa o transporte como principal meio para se descolar. A cota modal já atinge 7,5.

Tóquio, Japão

Este é o exemplo que megacidades podem incluir o transporte sobre duas rodas entre os meios de locomoção mais utilizados. Inovação na construção de estacionamentos para magrelas, no subterrâneo de uma das estação de metrô 9 mil vagas são reservadas para bikes. Por conta da infraestrutura bem sucedida e leis rígidas, quem estaciona em local proibido leva multa. Segundo o Copenhagenize, o transporte público anda de mãos dadas com o tráfego de bicicletas.

Munique, Alemanha

Na cidade o ciclismo representam 20% dos deslocamentos diários. Com 1,2 mil quilômetros de ciclovias e ciclofaixas, Munique continua a investir em campanhas públicas e garante fiscalização rigorosa para que as leis relacionadas ao convívio entre os ciclistas e os pedestres sejam cumpridas. Aqueles que desrespeitam levam multa.

Montreal, Canadá

Com ciclovias desde os anos 80, a cidade foi a primeira da América do norte a implantar um sistema público de aluguel de bike. Lá a prática do ciclismo continua em alta. Na hora do rush as ciclovias bidirecionais estão lotadas e existem mais de 400 estações espalhadas pela cidade que comportam mais de cinco mil bikes.

Barcelona, Espanha

Com programa de bike lançado em 2007, as magrelas representam 4%dos deslocamentos diários. Espalhados na cidades pelas ruas e em garagens subterrâneas estão mais de 3 mil vagas de estacionamento para bikes que podem circular por toda região metropolitana pelo anel verde.

Paris, França

A segunda megacidade da lista teve o programa de aluguel de bikes adotado em 2007 e saiu na frente de Nova York e Londres. Atualmente alcança a marca de 300km de vias expressas para o tráfego de bicicletas e a marca da cidade são os passeios noturnos que faz parte da diversão popular. Outra característica que garante o sucesso do sistema implantado em Paris é o programa de partilha de bikes que foi adotado pela população.

No Brasil

Rio de Janeiro

Ainda na lista da Copenhagenize o Rio é a única cidade brasileira que aparece no ranking. Já na pesquisa realizada pelo Portal Mobilize, ela possui a melhor malha cicloviária. Desde 1992 com ciclovias, as faixas estão sendo ampliadas e expandidas para outras praias além de Copacabana. Com a atenção do mundo voltada para ela com dois grandes eventos futuros – Olimpíadas e a Copa do Mundo –, a rede ainda foi considerada modesta. A pretensão é aumentar de 300km para 450km até 2016. O trânsito é apontado como alguns riscos para o ciclista carioca, tendo em vista que o limite da velocidade nas orlas ainda é de 70 km/h. “O que a cidade faz agora, na preparação para os Jogos Olímpicos e a Copa do Mundo, vai determinar o futuro da mobilidade na cidade”, determina o estudo.

Curitiba

Entre as cidades amigáveis ao uso da bicicleta apontadas no levantamento do Portal Mobilize, Curitiba aparece em segundo lugar com 127km de ciclovias. Com uma rede datada de 1977, a capital paraense tem uma malha cicloviária de 2,7% em relação a malha viária total que vem crescendo ao longo dos anos. O objetivo é atingir 400km de malha cicloviária. Na cidade entrou em vigor o projeto Ciclolazer com ciclofaixas temporárias aos domingos.

Florianópolis

Terceira colocada na pesquisa, a cidade possui 37km de vias ciclísticas. As estradas adaptadas para as bikes representam 2,02% do sistema viário que conta com 1.809km. As duas maiores ciclovias da cidade possuem 9,4km de extensão, na Avenida Beira Mar, e 4,4km, na Via Expressa Sul.

Campo Grande

Com 79km de ciclovias, a capital do Mato Grosso do Sul tem apenas 1,99% de suas vias adaptadas para o ciclismo. Uma dificuldade encontrada para quem opta por andar de bicicleta é a falta de estacionamentos. Apesar da pretensão de ampliar as vias ciclísticas, a ausência de bicicletários é vista como um transtorno pela população.

Fortaleza

Com uma malha viária totalizando 3.877k, a cidade tem 1,81% de pistas para os ciclistas. As ciclovias possuem 70km e até 2016, está prevista a construção de mais 41 quilômetros de ciclovias. As reclamações na capital cearense são a infraestrutura e a falta de manutenção nestas vias que dificultam o passeio nos locais reservados.

Fonte: Diário de Pernambuco

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