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Crescente adesão à bicicleta demanda novos serviços e infraestrutura


Por Mariana Czerwonka Publicado 15/03/2015 às 03h00 Atualizado 08/11/2022 às 22h54
 Tempo de leitura estimado: 00:00

Ciclista nas ruasPesquisa identifica oportunidades de negócios relacionadas ao hábito cada vez mais presente nas cidades

A vontade de utilizar a bicicleta como alternativa de transporte nos deslocamentos diários vem crescendo no Brasil. E, com ela, a demanda por novas infraestruturas e serviços. Esse é um dos resultados do levantamento que analisou o crescimento do interesse dos brasileiros sobre o assunto, por meio das crescentes buscas na internet e menções em redes sociais. A pesquisa ainda ouviu 1.093 pessoas que pedalam ou gostariam de pedalar mais. O estudo faz parte do projeto Pedalando na Cidade, desenvolvido pela empresa Thinking Insight, com o objetivo de analisar o comportamento sobre o uso da bicicleta no país.

Conforme o estudo, os adeptos dessa modalidade de transporte esperam melhorias nas ciclovias. Para 97%, ciclovias atrairão mais pessoas, já que o medo de pedalar na rua, devido ao desrespeito no trânsito, é uma realidade. Na avaliação de 81%, o maior problema decorre do comportamento de motoristas de ônibus e caminhões; 76% citaram, também, condutas de quem está nos automóveis e nas motos.

A falta de rotas seguras e bem estruturadas para ciclistas faz com que 64% das pessoas ouvidas pela pesquisa não utilizem a bicicleta nos deslocamentos. E 77% dos que andam de bicicleta relataram que o alcance das ciclovias e ciclofaixas nas localidades em que vivem não atendem às necessidades da população.

A insegurança provocada pela criminalidade também preocupa: 37% das pessoas não costumam deixar as bikes em locais públicos, pois têm medo de furto, e 35% preferem deixá-las onde possam vê-las.

Mais ciclistas, mais serviços

Esse movimento exige atenção de empresários do comércio e serviços. Conforme o levantamento, nove em cada dez ciclistas avaliam que os estabelecimentos comerciais não estão preparados para a bicicleta. Faltam, por exemplo, paraciclos, suporte físico em que a bicicleta pode ser presa.

Além disso, há uma demanda crescente por serviços e produtos relacionados ao hábito, que podem significar novas oportunidades de negócios. “O comércio terá que perceber esse aumento de demanda, investir em tecnologia e infraestrutura, além de produtos e serviços personalizados”, diz Douglas Oliveira, sócio da Thinking Insight.

Dos entrevistados, 75% disseram que gostariam que os postos de gasolina oferecessem assistência e 64% falaram que gostariam de um serviço de seguradora, que pudessem prestar atendimentos diante de imprevistos com a bike.
Renato dos Santos, outro sócio da empresa, destaca, ainda, a possibilidade de utilização de novos softwares e aplicativos, que permitam a identificação de problemas nas rotas de bicicleta para gestão pública e até de compartilhamento de informações entre os adeptos do ciclismo.

Para eles, esse cenário é uma oportunidade para que a bicicleta seja vista, cada vez mais, como alternativa para melhorar a mobilidade urbana, a saúde da população, reduzir os níveis de poluição e movimentar a economia.

Pedalando na cidade 

O monitoramento identificou alta nas buscas sobre o tema no Google e nas referências em redes sociais. Entre os dados apurados está, por exemplo, o de que mais de seis milhões de pessoas residentes no Brasil curtem assuntos relacionados à bicicleta em páginas do Facebook.

Para a pesquisa, também foram aplicados 1.093 questionários on-line a pessoas que andam ou não de bicicleta. Dos que responderam, 77% utilizam a bike. Mas, do total, 32% fazem uso como meio de transporte. O levantamento foi realizado em janeiro de 2015.

Com informações da Agência CNT de Notícias

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