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Distrações no trânsito e acidentes graves


Por Mariana Czerwonka Publicado 14/11/2014 às 02h00 Atualizado 08/11/2022 às 23h01
 Tempo de leitura estimado: 00:00

* Henrique Vieira

Distrações ao volanteAcidentes de trânsito no Brasil matam mais do que câncer, segundo estudo realizado pelo Observatório Nacional de Segurança Viária. O Brasil está entre os cinco países que fazem mais vítimas no trânsito em todo o mundo, onde referências de registros do DPVAT constam 31,3 vítimas que morrem desta forma para cada 100 mil habitantes. O país fica atrás somente de países como Índia, Nigéria, Rússia e China nesse quesito. De acordo com o Mapa da Violência, que tem como foco a mortalidade no trânsito, o crescimento foi de 38,3% de 2002 a 2012.

Mas afinal, quais são as causas que direcionam para inúmeras mortes no trânsito? Pois bem, parece banal, mas pequenas distrações causam mais acidentes do que se imagina. Os dados revelam que pelo menos 93% dos acidentes provém de fatores humanos (e não falhas mecânicas), onde cansaço, álcool, drogas, distrações e desrespeito estão imbuídos.

As pequenas distrações no trânsito são diversas e algumas das principais fontes podem ser os aspectos visuais ou ações corriqueiras. Os eletrônicos e celulares lideram as fontes de distrações, sendo que nos EUA estes fatores se associam a mais de 25% das causas de acidentes. Um estudo da associação de segurança no trânsito: Governors Highway Safety Association mostrou que motoristas fazem seus percursos de forma distraída em pelo menos metade do tempo. Além disso, o envio de mensagens é mais causador de batidas que a conversa por voz.

A simples mudança de música no rádio pode ser fator culminante para uma batida indesejada. Segundo a pedagoga especialista em Educação de Trânsito, Elaine Sizilo, 2 segundos de distração a 60 km/h resulta em 37 metros de direção às cegas. Isso em um simples cálculo que pode se prolongar dependendo da ação que o motorista tem dentro do veículo.

Uma listagem das principais distrações consta de:

1. Uso de aparelhos celulares seja para conversa por voz ou digitação, além dos aparelhos de GPS;

2. Uso do rádio e mudanças de músicas;

3. Conversa com outras pessoas dentro do carro, sendo pior ainda se estas estiverem no banco traseiro. A atenção com crianças transportadas em cadeiras apropriadas também é um fator culminante;

4. Alimentação dentro do carro e transporte de copos com bebidas. Ressaltando que estes podem cair dentro do carro e causar susto, levando a um movimento brusco das mãos no volante e dos pés nos pedais;

5. O hábito de fumar dirigindo;

6. O hábito de se maquiar no trânsito;

7. Ficar procurando algo que caiu dentro do veículo ou está perdido;

8. E por fim, distrações com outdoors, vitrines, pessoas na rua e a insistente poluição visual urbana.

Vale ainda ressaltar que alguns dos itens citados acima, além da causa eminente de acidentes podem acarretar em infrações leves e médias com perda de pontos na carteira. Todas estas distrações podem envolver o motorista em situações inesperadas que somadas a um mau momento podem levar à fatalidade. Quem se distrai pode ultrapassar um sinal vermelho, saindo em disparada pra cima de um pedestre ou entrando em um cruzamento movimentando.

As pessoas não devem se prender ao seguro auto pago pelo carro, pois na maioria das vezes os danos de um acidente não se atêm somente ao estrago material. Uma colisão de frente, por exemplo, soma a velocidade de dois veículos e torna o impacto mais grave, arrasando vidas.

*Henrique Viera é estudante de Comunicação Social na Belas Artes em São Paulo –  freelancer de Redação nas horas vagas

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