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Exames práticos reprovam 30% dos candidatos à CNH


Por Mariana Czerwonka Publicado 07/03/2013 às 03h00 Atualizado 08/11/2022 às 23h46
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Emissão cresce 7% ao ano e cidade tem 321 mil condutores

Cerca de 30% dos candidatos a motoristas que tentam obter a Carteira Nacional de Habilitação (CNH) são reprovados nos exames práticos. De acordo com levantamento divulgado pela 19ª Circunscrição Regional de Trânsito (Ciretran), somente em janeiro, dos 2.244 candidatos que participaram do teste de direção, 677 não foram aprovados na primeira tentativa. Já no exame teórico, em que candidato responde a questões sobre leis de trânsito, direção defensiva, primeiros socorros e mecânica básica, o índice de reprovação é de cerca de 20%.

O delegado de trânsito de Sorocaba, José Olímpio Prette, afirma que a média anual de aprovação nos exames práticos na cidade é de cerca de 75%, sendo que o índice está dentro da média verificada em todo o Estado. Em 2012 foram emitidas no município 9.800 novas habilitações. Por ano, a média de crescimento de novas emissões do documento é de 7%. Somente no mês de janeiro deste ano, foram 805 novos motoristas. Atualmente, conforme o Departamento de Trânsito do Estado de São (Detran), Sorocaba tem 312.959 condutores registrados.

Efeito emocional

O diretor da Associação das Autoescolas de Sorocaba, Roberto Alarcon Filho, aponta o nervosismo como o principal motivo para a reprovação, especialmente no exame prático. Segundo ele, embora a maioria dos alunos que enfrentam o teste de direção esteja preparada, a tensão afeta o emocional dos candidatos, fazendo com que cometam erros que durante as aulas não acontecem. Até mesmo nos exames teóricos e psicotécnicos, comenta Alarcon, se o candidato ficar muito nervoso pode ter o seu desempenho prejudicado. Ele considera que o índice de aprovação nos exames de CNH em Sorocaba são bastante positivos, já que o próprio Conselho Nacional de Trânsito (Contran) estabelece que o mínimo de aprovação para os testes não seja inferior a 60% dos candidatos inscritos.

Para obter a habilitação, o candidato deve realizar exame médico, psicotécnico e participar de 45 horas/aula sobre leis de trânsito, direção defensiva, primeiros socorros e mecânica básica. Ao fim do curso, que é realizado nos Centros de Formação dos Condutores (CFC), o aluno é submetido ao exame teórico. Apenas os aprovados podem iniciar as aulas práticas de direção. O mínimo exigido é de 20 aulas práticas, sendo quatro noturnas, antes da realização do exame prático.

Ansiedade

Depois de fazer vinte aulas de direção, o estudante Danilo Taka Yamaguchi Pereira, 19 anos, se sentia preparado para enfrentar o exame prático. Mas na hora, o nervosismo acabou falando mais alto e ele cometeu alguns erros pequenos, que não faria normalmente. “Esqueci de dar a seta uma vez e também dei um tranco na arrancada”, lembra. O examinador não perdoou e ele foi reprovado. Agora, o Japa, como é conhecido entre os amigos, está na expectativa do novo exame, marcado para a próxima terça-feira. Além de ter que passar novamente pelo teste, ele ainda teve que desembolsar mais R$ 150. “Espero que desta vez consiga”.

A estudante Débora Martins Carvalho, 18, que se prepara para iniciar as aulas práticas na autoescola agora que conseguiu a aprovação no teste teórico, garante que não teme o exame prático. Embora nunca tenha dirigido, ela conta que sempre se interessou por carros e faz questão de observar os movimentos de quem está dirigindo. “Acho que não terei dificuldade, pois tenho muita vontade de dirigir e farei de tudo para me sair bem e poder pegar o carro logo”, diz a estudante.

Fonte: Jornal Cruzeiro do Sul

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