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Idosos têm limitações e sofrem preconceito no trânsito


Por Talita Inaba Publicado 27/04/2013 às 03h00 Atualizado 08/11/2022 às 23h41
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Do ponto de vista sócio-cultural e político-econômico, uma pessoa é considerada idosa aos 65 anos nos países desenvolvidos, e 60 anos nos países em desenvolvimento. O aumento da população idosa e a melhoria da qualidade de vida deste segmento estão fazendo com que essas pessoas passem a adotar um estilo de vida mais ativo, inclusive dirigindo carros, caminhões e motocicletas, tanto homens quanto mulheres.

Em geral, o motorista idoso é considerado educado e cuidadoso, sendo um observador atendo às leis de trânsito. Neste momento de maturidade e plenitude do indivíduo, quando está com a vida mais firme e carreira encaminhada, ele assume riscos e velocidades menores, além de dirigir menos à noite e quase nunca fazer ultrapassagens arriscadas.

INAPTIDÃO PARA DIRIGIRConsiderando que hoje a independência de vários motoristas idosos depende de sua capacidade de dirigir, é fácil concluir que a inaptidão da habilitação representa ao idoso a mais dolorosa de suas perdas provocadas pelo processo natural do envelhecimento, pois o ato de dirigir exige interação entre estímulos e respostas rápidas, diante das modificações que ocorrem no trânsito no momento em que está se conduzindo um veículo.

As alterações relacionadas com a idade que mais afetam a capacidade do idoso na condição de motorista são: prejuízos cognitivos, diminuição da velocidade psicomotora, mudanças sensório-perceptivas, doenças crônicas e o uso constante de medicamentos.

Estudos definem a classificação dos idosos da seguinte forma:
– Jovem idoso está situado na faixa etária entre 60 e 74 anos.
– Idoso na faixa etária compreendida entre 75 e 84 anos.
– Idoso Idoso na faixa etária acima de 85 anos.

CONSULTE UM MÉDICOEmbora o clínico não determine se uma pessoa tem capacidade para dirigir ou não, ele frequentemente fornece aconselhamento com relação a direção para pacientes individuais. Para dar um conselho claro, os médicos devem considerar as condições médicas que ameaçam a segurança, os padrões de dirigir do paciente e a necessidade do paciente em dirigir.

O grande problema que esses motoristas de terceira idade enfrentam no trânsito é que sua recuperação é demorada quando enfrentam um acidente. Para um mesmo tipo de acidente, estudos demonstram que o tempo médio de internação de um jovem é de aproximadamente cinco dias, enquanto que o idoso ultrapassa duas semanas.

DIFICULDADESDevido à restrição de suas capacitações e os reflexos geralmente comprometidos com a idade, certas dificuldades foram detectadas em motoristas idosos em pesquisas realizadas recentemente:
1. Manobrar à esquerda, atravessando o tráfego;
2. Adentrar em via de alta velocidade;
3. Trocar de faixa em pista congestionada;
4. Transpor cruzamentos com alto volume de tráfego;
5. Parar rapidamente em uma pista de tráfego.

PRECONCEITOMuitos idosos ainda sofrem com a imagem cultural negativa que a sociedade tem da velhice. O desrespeito às vagas reservadas aos idosos nos estacionamento é exemplo disso. Precisamos ver o envelhecimento numa perspectiva de desenvolvimento, parte de toda uma vida.

As administrações públicas também devem fazer campanhas educativas que podem ajudar com informações, esclarecimento, conscientização e mudanças de atitudes no trânsito, além de orientação aos trabalhadores de transportes públicos para que respeitem os direitos dos usuários idosos e deem a atenção que eles precisam.
Afinal, um dia todos iremos envelhecer.

Fonte: Diário do Grande ABC

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