07 de dezembro de 2025

Senado destaca papel dos médicos de tráfego na segurança viária


Por Agência de Notícias Publicado 24/08/2025 às 08h15
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A homenagem contou com a presença de médicos de tráfego, parlamentares e representantes de entidades médicas. Foto: Carlos Moura/Agência Senado

Na última terça-feira (19), o Senado Federal realizou uma sessão especial em homenagem ao Dia do Médico de Tráfego e aos 45 anos da Associação Brasileira de Medicina de Tráfego (Abramet). A solenidade destacou a relevância desses profissionais para a preservação de vidas e para a saúde pública, reforçando o papel estratégico da entidade na formulação de políticas voltadas à segurança no trânsito.

Durante a sessão, o senador Dr. Hiran (PP-RR), presidente da Frente Parlamentar Mista da Medicina, lembrou que o trabalho dos médicos de tráfego é essencialmente preventivo.

“É o olhar clínico que identifica riscos antes de se transformarem em tragédia”, afirmou.

Os números reforçam a urgência do tema. Em 2023, o Brasil registrou 34 mil mortes no trânsito e, somente em 2024, já foram contabilizadas mais de 227 mil internações hospitalares decorrentes de acidentes.

Reconhecimento histórico e Lei Seca

O deputado federal Hugo Leal (PSD-RJ), autor do projeto que deu origem à Lei Seca, também participou da homenagem. Ele fez questão de destacar a contribuição científica da Abramet para que a norma se consolidasse como referência mundial.

“Se há um autor da Lei Seca, a coautoria, no que se refere à fundamentação científico-jurídica, é da Abramet”, disse.

Formação especializada

O presidente da Abramet, Antonio Edson Souza Meira Júnior, destacou que a entidade reúne atualmente mais de 8 mil especialistas. Para ele, a exigência do título de especialista para a realização dos exames de aptidão física e mental representa um marco.

“Esse reconhecimento assegura à sociedade que o ato médico será exercido apenas por profissionais qualificados”, reforçou.

O Brasil no ranking mundial de vítimas

Segundo o presidente do Conselho Federal de Medicina (CFM), José Hiran da Silva Gallo, o país ocupa a terceira posição no mundo em número de mortes no trânsito. Ou seja, ficando atrás apenas da Índia e da China.

“São pelo menos 92 mortes por dia, um óbito a cada 15 minutos. Esse quadro poderia ser ainda pior se não fosse o trabalho silencioso da Abramet e dos médicos do tráfego”, destacou.

Homenagem aos profissionais

A presidente da Associação Médica de Brasília, Francileide Paes, definiu os médicos de tráfego como “guardiões invisíveis”. São eles, por meio de diagnósticos, orientações e pesquisas, que salvam vidas antes mesmo que os acidentes aconteçam.

Já o senador Eduardo Gomes (PL-TO), vice-presidente da Casa, lembrou que, mesmo em tempos de avanços tecnológicos, nada substitui o olhar humano.

“A sensibilidade do médico, que enxerga a individualidade de cada cidadão, é vital para a segurança no trânsito”, declarou.

O deputado federal Juscelino Filho (União-MA), relator da reforma do Código de Trânsito na Câmara, também ressaltou o protagonismo da Abramet na defesa da vida.

Legado e futuro

A sessão ainda prestou homenagens a pioneiros da medicina de tráfego, como Hilário Veiga de Carvalho e Flavio Adura. Assim, reconhecendo a contribuição histórica desses profissionais para a consolidação da especialidade no Brasil.

A homenagem do Senado reforça a importância de manter em evidência o papel dos médicos de tráfego na construção de um trânsito mais seguro, humano e responsável.

Agência de Notícias

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