Médicos alertam: mototáxis podem aumentar acidentes e sobrecarregar hospitais em SP
Em nota pública, a entidade alertou para os riscos dessa modalidade, apontando o potencial aumento de acidentes de trânsito.

A Associação Paulista de Medicina (APM) manifestou-se contrária à liberação do transporte de passageiros por aplicativo utilizando motos na cidade de São Paulo. Em nota pública, a entidade alertou para os riscos dessa modalidade de mototáxis, apontando o potencial aumento de acidentes de trânsito.
De acordo com a APM, em 2023, o número de mortes de motociclistas na capital paulista cresceu cerca de 20%, totalizando 483 vítimas, o que representa 37% das fatalidades no trânsito na cidade. Nacionalmente, os acidentes com motocicletas resultam em aproximadamente 300 mil atendimentos na rede pública de saúde.
Para a entidade, a liberação do serviço de mototáxis poderia agravar esse cenário de acidentes, colocando em risco passageiros e condutores.
“Além de possivelmente piorar a sobrecarga do sistema de Saúde, com o potencial aumento do número de acidentes advindos da popularização dessa opção de transporte”, destacou a associação.
Conflito entre legislação e atuação de aplicativos
A cidade de São Paulo possui uma legislação que proíbe o serviço de mototáxi. No entanto, em janeiro deste ano, as empresas 99 e Uber começaram a operar o serviço, argumentando que a proibição não se aplicaria ao transporte intermediado por aplicativos.
A legalidade do serviço e os impactos na segurança viária geram divergências entre a prefeitura e as empresas, deixando a questão em aberto. Na semana passada, a Câmara Municipal promoveu uma audiência pública para debater o tema.
As informações são da Agência Brasil