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Motociclistas ignoram lei que proíbe capacete nos postos


Por Talita Inaba Publicado 14/05/2013 às 03h00 Atualizado 08/11/2022 às 23h40
 Tempo de leitura estimado: 00:00

Entrou em vigor, em São Paulo, uma lei que obriga os postos de combustíveis a colocar um aviso aos motociclistas, para que eles não entrem nesses locais usando capacete. Mas, na prática, não foi o que aconteceu. Uma placa já deveria estar em todos os postos de combustíveis de São Paulo. Mas é uma raridade. Ela avisa o que pouco motociclista sabe.

Em São Paulo, é proibido entrar em qualquer estabelecimento comercial usando capacete. O objetivo da lei é dificultar a ação de assaltantes. O empresário Alfredo Menezes aprova. “Bacana, é bom”, e revela que irá tirar o capacete. “Vou, vou, vou tirar”. Quem cruzar uma linha amarela com o rosto coberto, pode ser multado em R$ 500. “Então vamos tirar já, vamos fazer o certo”, garante o motoboy Everton Rodrigues.

Por mais de quatro horas nas ruas de São Paulo, o Jornal Nacional não viu um único motoqueiro retirar o capacete antes de entrar no posto. Alguns dizem que não conheciam a nova regra, mas a maioria reclama que não sabe como respeitar uma lei sem desrespeitar a outra. Segundo o código de trânsito, com a moto em movimento, o uso do capacete é obrigatório. “Se você tira, é multa. Se você entra com, é multa. Então, fica difícil”, se queixa o motoboy William Simião. O sindicato dos motociclistas profissionais de São Paulo diz que lei precisa ser adequada à realidade. “A lei é positiva, mas nessa questão do capacete no posto de gasolina, precisa saber como vai ficar esse enquadramento com uma duplicidade”, explica o presidente do Sindimoto-SP, Gilberto Almeida. Os donos de postos também reclamam. “A gente não se sente seguro pelo seguinte: o bandido não vai tirar o capacete. Esse é o modo dele se esconder, ele vai chegar de capacete, vai assaltar, vai embora e sem tirar o capacete”, conta o presidente do Sincopetro, sindicato dos revendedores de combustíveis de SP, José Alberto Gouveia.

A lei está em vigor, mas nem o tamanho das placas, nem a responsabilidade pela fiscalização foram regulamentados. Mesmo assim, Eduardo, que entrou no posto de capacete, promete mudar o hábito. “Tudo que for pelo certo, tem que ser cumprido”, conta o motofrete Eduardo Gomes. Quando questionado se da próxima vez, tiraria o capacete, foi objetivo: “Com certeza”, disse.

Fonte: Jornal Nacional

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