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‘Não há medicamento para burlar a lei seca’, diz fabricante do Metadoxil


Por Mariana Czerwonka Publicado 15/02/2013 às 02h00 Atualizado 08/11/2022 às 23h48
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Gerente de laboratório rebate uso da droga para anular álcool no sangue

Em 2008, a Agência Nacional de Vigilância Sanitária (Anvisa) aprovou o uso e a venda do Metadoxil. É um medicamento derivado da vitamina B6, indicado para tratar as sequelas do fígado de consumidores abusivos de álcool, mas que ganhou a fama de ser capaz de enganar os agentes de trânsito e o bafômetro.

Isso porque, no mesmo ano do lançamento do produto, o governo federal promulgou uma legislação que endurecia a pena e a multa para quem fosse flagrado dirigindo após consumir, ainda que moderadamente, bebidas alcóolicas.

Já naquela época, informações controversas sobre o Metadoxil começaram a pipocar na internet, nos bares e nas casas noturnas. As notícias davam conta de que um comprimido da caixinha seria capaz de anular, em 60 minutos, a presença de álcool no organismo e assim permitir que motoristas alcoolizados burlassem a fiscalização da lei.

Quase cinco anos se passaram e a fama do remédio voltou à tona com a decisão federal deendurecer ainda mais o rigor da Lei Seca. O iG Saúde entrevistou o gerente médico do laboratório Baldacci, fabricante do Metadoxil, para entender se a droga – que só pode ser vendida mediante apresentação de receita médica – de fato coloca em xeque as informações do bafômetro. “Não”, responde o cardiologista Paulo Roberto Chizzola, há um ano à frente da farmacêutica.

Ele rebate veementemente o mau uso da medicação, decidiu alertar sobre a utilização inadequada da medicação nas redes sociais e já começou uma campanha contra a fama conquistada pelo remédio. Na entrevista, ele diz que “não existe medicamento para burlar a Lei Seca e que não há remédio para álcool e direção”. Segundo ele, o resultado da mistura é a morte. “É o que eu vejo, infelizmente, todos os dias”, lamenta.

Fonte: Tribuna Hoje

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