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Segurança no trânsito: é necessário o exercício diário de conscientização


Por Mariana Czerwonka Publicado 09/04/2016 às 03h00 Atualizado 08/11/2022 às 22h38
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Alex Gomes*
Segurança nas viasNo Brasil, 5% dos acidentes são causados por falhas mecânicas dos veículos e outros 5% por questões relacionadas às condições das vias. Ou outros 90% são em decorrência do fator humano.

No Brasil 90% das mortes e acidentes de trânsito são em decorrência do fator humano nas vias do país, isso foi mostrado em estudo feito em 2015 pelo Observatório Nacional de Segurança Viária. Em 2011 durante o Encontro Nacional dos Detrans, realizado pela AND (Associação Nacional dos Detrans), foi apresentado um estudo que mostrava esse mesmo percentual aos Diretores e Presidentes dos Órgãos Executivos de Trânsito do país em Brasília, e segundo esses dois estudos, 5% dos acidentes são causados por falhas mecânicas dos veículos e outros 5% por questões relacionadas às condições das vias.  

 
Assim, partindo do exposto podemos inferir que somos responsáveis pelo caos hoje vivido em nosso trânsito, pois um veículo parado sem a ação humana não provoca acidente ou morte alguma. Se a ação humana é responsável por produzir mais de 90% das mais de 40 mil mortes no trânsito brasileiro que ocorrem todo ano, logo, essa mesma ação pode agir positivamente e mudar a realidade violenta que hoje presenciamos diuturnamente no trânsito do país. Alguns fatores devem ser considerados nessa questão toda, a saber: imprudência, negligência e a imperícia. 
 
O agir de forma imprudente está relacionado ao desrespeito às normas e leis de trânsito, tipo dirigir usando o celular, avançar preferenciais, enfim. A negligência está ligada ao descaso com um problema mecânico no veículo, por exemplo, pois isso pode gerar um acidente. Já a imperícia diz repeito a ausência de habilidade para executar determinada tarefa, podemos exemplificar através da ação de condutores não habilitados dirigindo veículos em nossas cidades. 
 
Nossas ações devem ser no sentido de melhorar as relações sociais em nossas vias e contribuir de maneira efetiva e positiva para a redução de acidentes e mortes no trânsito do Brasil. A mesma ação humana que é responsável 90% pela violência em nossas vias, pode e deve agir também de maneira que possamos alcançar o mesmo percentual, mas de procedimentos corretos ou de correção de atitudes com o intuito de construirmos um trânsito mais seguro e que tenha a vida como prioridade. Devemos nos compreender como agentes sociais que podem sim transformar essa realidade violenta que vivenciamos atualmente. 
 
Enfim, devemos agir norteados por uma perspectiva social distinta da que hoje praticamos, o engajamento deve ser de toda a sociedade. Uma nova postura para com o trânsito, sendo essa de forma a priorizar a vida e conduzida por uma disciplina consciente, deve ser um exercício diário. As ações de engenharia, de fiscalização e de educação no trânsito devem ser constantes e sem problemas de continuidade, além do que, a ação consciente de transeuntes, motoristas e motociclistas devem ir ao encontro da construção de um trânsito mais seguro e melhor a todos.  
 
 
* Alex João Costa Gomes – Bacharelado e Licenciatura Plena em História (UNIFAP 2001), ex-Diretor-Presidente do Detran/AP e Policial Militar (Aluno Oficial) 

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