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Transporte irregular de animais oferece risco para motoristas


Por Mariana Czerwonka Publicado 06/02/2014 às 02h00 Atualizado 08/11/2022 às 23h19
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Animais em veículos pode ser um risco

Cães e gatos podem sofrer graves lesões e até morrer em acidentes

Andar com animais soltos dentro dos veículos é proibido, de acordo com o Código de Trânsito. Ainda sim não é difícil observar motoristas em Uberlândia transportando animais de forma irregular. Alguns colocam o cachorro no colo e outros permitem que animais domésticos andem com parte do corpo para fora do veículo.

O assessor da Divisão de Operação de Tráfego da Secretaria Municipal de Trânsito e Transportes (Settran) em Uberlândia, Onei Silvério, disse que os condutores precisam ter precauções, pois em casos de acidentes os animais podem sofrer graves lesões e até morrer. “Da mesma forma que tem a preocupação de carregar as crianças, é preciso se preocupar com os animais e manter a segurança deles, que em caso de acidente, podem ser projetados para fora do veículo”, explicou.

Além de colocar a vida dos animais em risco, Onei Silvério explicou que os motoristas podem ser multados ao transportarem os animais de forma incorreta. De acordo com o Artigo 169 do CTB, dirigir sem atenção ou sem os cuidados indispensáveis à segurança resulta em um multa de R$ 53,20 e três pontos na carteira. Já o Artigo 252 prevê que dirigir veículo transportando pessoas, animais ou volume à sua esquerda ou entre braços e pernas acarreta multa de R$ 85,13 e quatro pontos.

A infração mais grave é, segundo o Artigo 235, conduzir pessoas, animais ou carga nas partes externas do veículo, o que resulta em multa de R$ 127,69 e cinco pontos na carteira. “O ideal é transportar em uma gaiola ou em um cinto especial para animais. Se o animal estiver solto e estiver ao lado do motorista é infração leve e se estiver dentro, ao lado do motorista, é infração grave”, explicou o assessor da Divisão de Operação de Tráfego da Settran.

Em relação à fiscalização em Uberlândia, Onei Silvério informou que ela é feita durante operações corriqueiras da polícia e da Settran, nas quais o motorista pode receber ordem de parada e, em situação incorreta, ser autuado. Os fiscais e militares podem exigir que o condutor regularize a situação antes de ser liberado.

O assessor da Divisão de Operação de Tráfego da Settran disse ainda que não existe uma incidência muito grande de infrações relacionadas ao transporte irregular de animais. No ano passado, por exemplo, foram registradas 63 infrações. “A que mais acontece na cidade é quando o motorista leva o animal no lado esquerdo, quase no colo, o que é uma infração média e gera quatro pontos na carteira”, afirmou.

Transporte ideal

Segundo a veterinária Renata Estephanelli Coelho, existem diversos produtos destinados ao transporte de animais. Cadeirinhas, caixas de vários modelos, cintos de segurança, bolsas, mochilas e também carrinhos de passeio que se transformam em cadeirinhas para colocar o animal no automóvel.

“A coleira indicada para o transporte deverá ser modelo peitoral, onde o animal vai ter melhor conforto no transporte. No caso de uso de cintos de seguranças, esse será acoplado no peitoral e depois no encaixe do cinto do automóvel. A cadeirinha vai presa ao banco do automóvel, onde o animal é colocado dentro dela e preso pela coleira peitoral no dispositivo da cadeirinha”, explicou.

Em relação aos preços, a veterinária informou que um cinto de segurança pode variar entre R$ 20 a R$ 60, dependendo da marca e qualidade. As cadeirinhas variam entre R$ 100 e R$ 300, as caixas de transporte de R$ 90 a R$ 350, bolsas e mochilas podem ser encontradas nos valores de R$ 90 a R$ 500. Renata Estephanelli disse ainda que a procura por esses produtos é grande, principalmente no período de férias.

“Nos meses de dezembro, janeiro e julho, quando diversos clientes querem levar os animais de estimação em viagens, a procura chega a crescer entre 50% e 60% a mais do que nos outros meses. Nessas épocas triplico meu estoque para atender toda a demanda. As cadeirinhas ainda são pouco conhecidas e um pouco mais caras, mas vendemos em média umas dez por mês. Já os cintos de segurança chegamos a vender nessa época de férias, de 30 a 40”, contou.

E como a maioria das pessoas compra os produtos para transportar animais só quando vão viajar, a veterinária disse que busca orientar e conscientizar os clientes sobre a utilização desses materiais na cidade. “O transporte correto de animais tem uma grande importância. Um animal solto em um carro pode provocar um acidente. O animal solto dentro do veículo muitas vezes não fica parado e pode tirar atenção do condutor, bem como pular no colo do motorista. E caso ocorra uma batida, um animal solto também pode se machucar muito ou até morrer”, declarou.

Donos atentos
A biomédica Bruna Borges disse que não conhece todas as leis referentes ao transporte correto de animais, mas no geral ela sabe que eles não se devem ser transportados soltos dentro do carro. Ela contou que tem uma cadela que gosta de ficar no colo e, se não estiver presa, acaba atrapalhando a direção. Para que isso não aconteça, ela coloca o animal no banco traseiro com um cinto de segurança que é acoplado junto à coleira.

“Tomo o cuidado de verificar se ela está realmente presa ao cinto para não correr o risco dela ir para o banco da frente. Ela só vai ao Pet Shop, então é muito rápido e ela é comportada. Só chora muito, porque gosta de colo”, afirmou.

A estudante Maísa Chagas também acredita que é importante ter cuidado com o transporte de animais. “É necessário ter cuidados com a segurança do animal e dos ocupantes do veículo. Os gatos, por exemplo, ficam estressados em lugares fechados e diferentes. Por isso devem ser transportados nas gaiolas para evitar acidentes”, ressaltou.

Maísa, além de ter gatos em casa, têm uma cadela. Ela disse que quando precisa transportar os animais domésticos no carro busca fazer isso da forma mais adequada. “O transporte dos gatos é feito naqueles equipamentos próprios para transporte de animais, uma espécie de gaiola, e no banco de trás. Já a cachorra, por ter um porte maior, sempre vai acompanhada por alguém também no banco de trás, o dos passageiros”, concluiu.

Fonte: G1 Notícias

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