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E a frota não para de aumentar…


Por Mariana Czerwonka Publicado 03/10/2012 às 03h00 Atualizado 02/11/2022 às 20h50
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Notícia publicada esta semana mostra que em dez anos, a frota das 12 principais capitais do Brasil praticamente dobrou. As informações são de um relatório organizado pelo Observatório das Metrópoles a partir das informações fornecidas pelo Denatran. Segundo o estudo, São Paulo, a metrópole mais populosa, conta com a maior frota, aproximadamente 8,2 milhões, o que equivale a 17,8% de toda a frota nacional.

Entre2001 e 2001 a frota da metrópole paulistana cresceu em 68,7%. Apesar de apresentar crescimento relativo menor do que as médias nacional e metropolitana, o Rio de Janeiro registrou um aumento absoluto considerável. Nos dez anos considerados, a frota da metrópole fluminense cresceu 62%.

Na Capital Federal, a frota de automóveis cresceu em 103,6%, passando de pouco mais de 626 mil veículos em 2001 para mais de 1,2 milhão em 2011. Entre as maiores metrópoles Belo Horizonte foi a que registrou o maior crescimento relativo no número de automóveis nos dez anos considerados nesta análise, com um percentual de crescimento superior, inclusive, a média nacional. O aumento foi de 108,5%.

Porto Alegre é um das metrópoles que onde o crescimento da frota, apesar de elevado, se deu abaixo da média das metrópoles. Em Salvador, o número de automóveis passou de 344.010, em 2001, para 668.472, em 2011. O acréscimo de 324.462 veículos representou um crescimento relativo da ordem de 94,3%.

Curitiba apresenta crescimento bem próximo da média nacional. Entre 2001 e 2011 o aumento da frota na metrópole paranaense foi de 91,7%. Fortaleza enquadra-se no conjunto das metrópoles que apresentaram crescimento entre a média metropolitana (77,8%) e nacional (90%). Nessa metrópole o aumento foi de 89,7%.

Apesar de não ser a metrópole menos populosa, Belém é a que apresenta a menor frota entre todas as metrópoles brasileiras, logo a maior relação habitante/veículo. Apesar disso, é preciso considerar que a frota quase dobrou nos dez anos considerados nesta análise. Isto ocorreu a partir de um crescimento superior a média do crescimento da frota das metrópoles e do Brasil.

Goiânia, entre 2001 e 2011 teve sua frota de automóveis duplicada. Passou de 392.125 veículos para 786.256. O crescimento de 100,5% está entre os maiores do país. Dentre todas as metrópoles brasileiras, Manaus foi a que apresentou o maior crescimento. Na metrópole amazônica registrou-se, entre 2001 e 2011, um crescimento relativo duas vezes maior do que a média te todas as outras metrópoles (141,9%).

O estudo do Observatório das Metrópoles mostra que o aumento da frota de motocicletas foi ainda maior do que o de carros. Embora a média tenha ficado em 289% de crescimento na década, segundo o estudo, há regiões metropolitanas do país em que a frota foi multiplicada por oito: crescimento de 708%, como no caso de Belém (PA). Na década, foram emplacadas 3,1 milhões de motos nas 12 principais metrópoles brasileiras.

Sabemos que as consequências disso são os grandes problemas de mobilidade urbana que temos enfrentado, pois a infraestrutura viária não acompanhou este crescimento da frota. Hoje, quem compra um carro, deve se preparar para isso. Para congestionamento, para maior risco de acidente, etc. Já faz parte do pacote.

Na questão de mobilidade, fica realmente difícil encontrar uma luz no fim do túnel, a tendência é a situação piorar. Em relação aos acidentes, se tivermos realmente uma mudança de comportamento das pessoas, teremos um resultado melhor nos próximos anos. Vamos esperar para ver.

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