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Sete de setembro: as forças de segurança em alerta máximo


Por Milton Corrêa da Costa Publicado 06/09/2013 às 03h00
 Tempo de leitura estimado: 00:00

desfilePor mais que se tente imaginar qualquer premonição com relação ao próximo 7 de setembro, data em que se comemora o Dia da Independência, nenhum futurólogo, nem cientista social ou político, ou mesmo ‘policiólogo’, saberá dizer o que de fato ocorrerá nas manifestações do próximo sábado, arquitetadas por diferentes grupos, de diferentes matizes, na mobilização através das redes sociais. Representantes de partidos políticos de extrema esquerda, sindicalistas, categorias de profissionais, estudantes, grupos radicais de direita e grupos radicais anárquicos (nestes é que mora o perigo) se preparam para empanar o tradicional desfile cívico-militar do 7 de setembro. Disso não há dúvida. Resta saber em que grau.

O fato é que, depois da vergonhosa absolvição política de um deputado-recluso, pela votação secreta da Câmara de Deputados,na semana passada, os protestos do 7 de setembro poderão se tornar ainda mais radicais, onde o Congresso Nacional deve também ser alvo do protesto popular, quando os vândalos mascarados (leia-se Black Blocs e Anonymous) prometem aterrorizar cerca de 172 cidades brasileiras, num universo, segundo eles, de 400 mil manifestantes nas ruas e onde cerca de 4,6 milhões de pessoas estão também convidadas pelo ‘comando revolucionário anárquico’.

A Operação Sete de Setembro, como os vândalos radicais a denominam, promete pegar fogo e o perigo é o radicalismo inconsequente dos arruaceiros, com depredação do patrimônio público e privado, risco à incolumidade de cidadãos não manifestantes e consequentemente o estabelecimento do clima de desordem e de grave perturbação da ordem pública. Até atos de sabotagem poderão estar incorporados à desordem, quem sabe com fechamento de estradas para dar maior visibilidade aos protestos, sem falar no perigo do confronto entre grupos de manifestantes apartidários e violentos (Black Blocs) e os que irão às vias públicas pela ideologia política ou num grito contra corrupção.

O pano de fundo dos anárquicos que usam máscaras, capuzes e roupas negras é a luta por um país mais justo e menos desigual. Conversa fiada. São anarquistas de carteirinha e contrários, como a própria doutrina do anarquismo, a qualquer tipo de organização social. Almejam, sim afrontar, em grau máximo, aproveitando a data histórica, a ordem pública e a ordem institucional e colocar em segundo plano as comemorações oficiais do 7 de setembro. A “Mídia Ninja” (“Aljazeera tupiniquim”) já deve estar preparando seus holofotes para mostrar a anarquia dos radicais mascarados, ditos ‘gladiadores’ da tropa de choque irregular.

A realidade é que o setor de segurança pública no país e as próprias Forças Armadas têm pela frente, neste preocupante momento -vandalismo tem limites- um contexto de difícil combate e repressão. Há todo um esquema de atuação montado para a atuação dos grupos radicais, especialmente os Black Blocs, treinados em ações de guerrilha urbana, onde a própria leniência da lei e os direitos e garantias individuais constitucionais também os protege de certa forma.

Há uma certeza, entre eles, da impunidade e que a anarquia agora é possível e oportuna.

O 7 de setembro está aí e as incertezas e a apreensão também. Todo cuidado será pouco. Na pauta de reivindicações do protesto no Dia da Independência faltaram duas temas: o fim da progressão do regime carcerário para crimes hediondos e a redução da maioridade penal.

Se as tropas em desfile ou as que atuarão na proteção da ordem ou se autoridades serão hostilizadas, se prédios públicos serão apedrejados, assim como agências bancárias, lojas, veículos, estações de trem e metrô, sinalização de trânsito, etc. etc, serão alvo da ação do vandalismo radical, nada se sabe ao certo.

É mais certo imaginar que os coquetéis molotov, pedras, explosivos, bolas de gude, estilingues e todo demais arsenal anárquico já esteja preparado para a arruaça e a desordem, onde as forças de segurança tentarão, em nome da garantia da lei e da ordem, conter o ímpeto dos neo-terroristas urbanos.

Quem sobreviver até lá terá ciência do que vai ocorrer. Neste caso, qualquer premonição mais temerária terá que fazer parte do plano de contingência das forças federais, estaduais e municipais. Que pelo menos no dia da independência a Lei de Segurança Nacional (Lei Federal 7170/83) seja aplicada contra os que incitarem subverter a ordem social. O direito da maioria da população, contra a minoria radical, deve prevalecer no estado democrático. Que as bandeirinhas verde e amarelas sobrepujem as roupas negras dos anárquicos. Assim espera-se. O patriotismo não deve valer somente para competições oficiais da seleção brasileira de futebol.

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