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Aprenda a andar de bicicleta com segurança pelas cidades


Por Talita Inaba Publicado 10/08/2013 às 03h00 Atualizado 08/11/2022 às 23h32
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Alguns acidentes trouxeram à tona uma grande discussão sobre a segurança do uso da bicicleta nas grandes cidades. No interior do país (o que corresponde a 90% dos municípios) a bike é o meio de transporte mais popular. No entanto, nas cidades maiores o papo é diferente. E não é que as pessoas prefiram o carro, não. Tem muita gente super disposta em fugir do trânsito e, de quebra, incluir um exercício na sua rotina. A pergunta que não quer calar é: os centros urbanos estariam preparados para este tipo de transporte? Uma pesquisa divulgada pelo Clube de Cicloturismo do Brasil revelou que 95% dos ciclistas não estão satisfeitos com a atual infraestrutura cicloviária brasileira. A autora, Andressa Paupitz, apontou a ausência de ciclovias, a alta incidência de roubos, o descaso das autoridades, a falta de sinalização e informação e a dificuldade no transporte e estacionamento de bicicletas como as principais queixas. Mesmo no Rio de Janeiro, a cidade com a maior malha cicloviária do Brasil (344 quilômetros), não há integração entre bairros e o centro através das vias especiais, nem bicicletários apresentáveis. Outro problema grave é o compartilhamento das vias por motoristas e ciclistas. O Código de Trânsito Brasileiro (CTB) define que em locais que não há ciclovias, ciclofaixas ou acostamento, as bicicletas devem circular no mesmo sentido dos outros veículos e têm preferência sobre os demais meios de transporte. Os ciclistas devem sinalizar, com os braços, sempre qui quiserem atravessar, virar a rua ou mudar de pista. Mas, muitas vezes, não prestam atenção e esquecem desse “pisca-alerta”. Por sua vez, o artigo 201 do mesmo documento, obriga motoristas a guardarem uma distância segura de um metro e meio ao passar ou ultrapassar o ciclista. Será que a maioria respeita esse limite? O pior é que esse encontro entre motoristas e ciclistas pode ser desastroso. Em São Paulo, a Companhia de Engenharia de Tráfego (CET) divulgou um crescimento de 6% nas mortes de ciclistas: foram 49 em 2011 e 52 em 2012. O Rio de Janeiro não possui estatísticas e, segundo o Diretor da ONG Transporte Ativo e integrante do Grupo de Trabalho para Ciclovias da prefeitura, Fernando José Lobo, essa carência de dados é um obstáculo importante. No entanto, Lobo defende a cidade como uma bike friendly (ela está em 12° no ranking das cidades mais amigas dos ciclistas). “O Rio tem condições muito favoráveis ao uso da bicicleta na mobilidade urbana, com uma malha cicloviária que na América Latina fica atrás apenas de Bogotá. Com relação aos acidentes, a bicicleta é o veículo mais seguro. Ciclistas representam 7% dos deslocamentos e 4% dos acidentes. Já os carros são usados em 24% dos deslocamentos e estão envolvidos em 27% dos acidentes”, compara. Para dar uma freada no número de acidentes, Jilmar Tatto, secretário de transportes de São Paulo, já garantiu a construção de 150 km de ciclovias (com separação física dos automóveis). Outra medida tomada pela prefeitura da capital paulista é diminuir a velocidade dos carros onde não há ciclovia, viabilizando o uso da bicicleta com maior segurança. No Rio de Janeiro, o prefeito Eduardo Paes anunciou recentemente medidas para melhorar a segurança dos ciclistas na cidade: ampliação do horário de preferência dos atletas, controle da infração de motoristas pela Rio Ônibus e um sistema de fiscalização mais sofisticado. E então: vai pedalar? Anote as dicas de José Eduardo Urso, professor da Body Fit, treinador do ciclista Matheus Guido e presidente da ONG ProjetoPedalar. “Todo ciclista deve sair com no minimo o capacete, óculos com armação em plásticos evitando entrada de qualquer objeto nos olhos, luvas que protegem as mãos e sapatilhas ou tênis para proteger os pés”, ensina. E, para que fique bom para todo mundo – pedestres, motoristas e ciclistas – veja outras dicas de segurança apontadas por Urso e boa pedalada! – Pedale sempre com muito cuidado e atenção, obedecendo e respeitando as leis de transito e as regras de circulação do ciclista; – Não circule nas calçadas; – Respeite o espaço do pedestre; – Use as ciclovias e onde não existirem, procure caminhos mais seguros, sinalizados e de menor movimentos; – Nas vias de fluxo rápido e intenso, preste muita atenção às curvas, cruzamentos e pontos de ônibus; – Cuidado ao passar por carros estacionados: as portas podem se abrir de repente e causar acidentes; – Fazer malabarismos na via, bem como pedalar segurando o guidão com uma mão e a outra puxando outra bicicleta, é perigoso e pode lhe custar a vida; – Circule sempre pelo lado direito da via, bem próximo ao meio-fio e no mesmo sentido dos veículos; – Nunca na contramão de direção, nem na frente de veículos motorizados; – Não pegue carona na traseira de veículos motorizados; – Numa freada brusca é impossível evitar um acidente; – Nunca circule em zigue-zague. Mantenha sempre sua posição a direita da pista; – Para atravessar a rua, desça da bicicleta e empurre-a ao seu lado, observando todas as regras para pedestres; – Transportar passageiro, só na garupa e acima de sete anos de idade; – Dê preferência ao pedestre. Quando este já estiver iniciado a travessia, seja educado com eles; – Sinalize através de gestos manuais sua intenção antes de executar manobras, visando alertar e prevenir os demais usuários da via (usar gestos manuais quando virar ou parar); – Respeite a sinalização. Lembre-se que você também faz parte do trânsito; – A audição é muito importante para o ciclista, portanto, não faça uso de aparelho de som enquanto você pedala; – Sempre leve documento onde conste nome, endereço, fator RG e tipo sangüíneo; – Nunca retire a mão do guidom; – Não conduza animais; – Circule a uma velocidade segura de forma a não criar perigo para a sua segurança e a dos outros. Fonte: Yahoo

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