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Catarata aumenta riscos no trânsito, diz pesquisa


Por Mariana Czerwonka Publicado 17/09/2015 às 03h00 Atualizado 08/11/2022 às 22h45
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Idoso com catarataPesquisa Nacional de Saúde mostra que 27,7% dos brasileiros correm maior risco no trânsito  por não operarem a catarata

Eutrópia Turazzi

Assessoria de Imprensa

A PNS (Pesquisa nacional de Saúde) 2013, recentemente divulgada pelo Ministério da Saúde, mostra maior acesso aos cuidados com a saúde e aumento da expectativa de vida no país. De 1980 para 2013, o brasileiro ganhou 11,2 anos de longevidade e em média passou a atingir 73,9 anos. A má notícia é que 27,7% dos que tiveram indicação para operar a catarata, doença que torna o cristalino do olho opaco, não passaram pela cirurgia.

Para o oftalmologista do Instituto Penido Burnier, Leôncio Queiroz Neto, perito em Medicina do Trânsito e membro da Associação Brasileira de Medicina do tráfego (ABRAMET)  este resultado é preocupante. Isso porque, estudos mostram que a catarata aumenta em 2,5 vezes o risco de acidentes no trânsito.

Prova disso é que a maior dificuldade para conduzir um veículo conforme o avanço da idade e da catarata. Só para se ter uma ideia, a PNS mostra que entre 60 e 64 anos, faixa etária em que a catarata atinge 28,8% da população, só 6,8% afirmam ter dificuldade para dirigir. Este índice sobe para 12,2% para quem tem entre 65 e 70 anos e atinge 39,2% dos que têm 75 anos ou mais quando a catarata têm incidência de 45%.

Sintomas

Queiroz Neto afirma que a visão responde por 85% de todas as informações necessárias para evitar acidentes  e está diretamente relacionada ao reflexo no trânsito. Isso significa que quanto mais a visão é afetada, mais rápido tem de ser o reflexo que vai sendo perdido com a idade. Os principais sintomas da catarata são: troca frequente do grau dos óculos, ofuscamento, dificuldade de dirigir à noite, acompanhar o movimento da bola em jogos de tênis ou golfe, ler letras miúdas ou placas de sinalização. Ao contrário do que muitos acreditam não é necessário deixar a catarata ficar madura. Pelo contrário, a operação deve ser feita logo que a doença começa a atrapalhar as atividades diárias.

Cirurgia resgata autonomia

O oftalmologista ressalta que no Brasil a catarata continua sendo a causa mais frequente de cegueira tratável. A boa notícia é que a cirurgia hoje pode ser feita de forma personalizada. Significa que além de eliminar a catarata, corrige vícios de refração e pequenas imperfeições. O laser de femtosegundo tornou o procedimento mais seguro e preciso porque eliminou a imprecisão natural dos cortes manuais. Quem já teve a indicação de cirurgia não deve continuar adiando  a operação. Isso porque a catarata muito madura pode dificultar o procedimento que consiste em substituir o cristalino opaco pelo implante de uma lente transparente dentro do olho. “Em menos de meia hora, é possível resgatar a autonomia e a segurança no trânsito”, conclui o médico.

Com informações da Assessoria de Imprensa

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