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Ciclovia é alternativa para trânsito caótico


Por Mariana Czerwonka Publicado 19/11/2012 às 02h00 Atualizado 08/11/2022 às 23h57
 Tempo de leitura estimado: 00:00

Para ganhar tempo, economizar dinheiro e até manter a forma, população escolhe andar de bicicleta

Trafegar pela Capital cearense não é tarefa fácil, especialmente nos horários considerados de pico. Se utilizando das ciclovias, cada vez mais pessoas vêm aderindo ao uso da bicicleta para se locomover pela cidade de forma segura e tentar fugir desse problema.

A da Avenida Bezerra de Menezes, por exemplo, acaba servindo como forte ponto de escoamento do trânsito para grande parte das pessoas na ida e retorno do trabalho. No começo da manhã, fim da tarde e início da noite, uma mesma cena rotineira é presenciada: diversos ciclistas apressados, com trajeto livre, passam a todo instante ao longo dos 3 Km de extensão da ciclovia, em busca de seus destinos. Embora o equipamento não seja 100% aprovado por muitos destes usuários, são inúmeros os benefícios apontados por quem passa pelo local, entre eles, por exemplo, o ganho de tempo.

Morando no bairro Antônio Bezerra e trabalhando no Centro da cidade, o eletricista Júnior Carvalho, 41 anos, leva apenas dez minutos para chegar no serviço usando a sua bicicleta. De ônibus, segundo relata, o mesmo trajeto não sai por menos de 40 minutos. “Ainda tem os terminais lotados, que também nos atrasa. O do Antônio Bezerra pela manhã é um verdadeiro inferno” afirma. Para ele, pedalar pela ciclovia é algo indispensável nos dias de hoje, uma vez que as ruas estão cada vez mais perigosas, além dos motoristas que desrespeitam os usuários da bicicleta. No entanto, ele considera que o equipamento da Bezerra de Menezes não oferece a estrutura adequada, por ser estreito em determinados pontos. “Ao invés de alargarem a ciclovia, alargaram a calçada”, reclama.

A economia de dinheiro também é apontada por muitos usuários como um dos benefícios da bicicleta na ida ao trabalho. O gesseiro Sidney da Silva, 22 anos, abandonou o transporte coletivo, que o levava do bairro Autran Nunes ao Monte Castelo em uma hora e meia, para ir de bicicleta, gastando, agora, apenas 30 minutos no total. Uma prática que influencia diretamente o seu bolso, já que o jovem economiza, assim, R$ 168 por mês. “É bem mais compensador pra mim”, avalia.

O eletricista Paulo Mesquita, 47 anos, também deixa o carro em casa e prefere ir pedalando ao serviço, reduzindo o tempo de trajeto de 40 para dez minutos, e embolsando, desta forma, cerca de R$ 50 por semana, que seriam gastos na gasolina do veículo. “Se tivéssemos mais ciclovias, seria ainda melhor”, diz. Há ainda quem ganhe melhorias na saúde pelo uso da bike. É o caso do vendedor ambulante Antônio Carlos Rodrigues, 41 anos, que vai todo dia do bairro Parquelândia em direção ao Centro, e afirma ter melhorado os problemas que sentia no corpo. “Sofria com dores no joelho e nas costas e, hoje, não tenho mais. Além disso, perdi oito quilos”, destaca.

Novos equipamentos

Sendo de grande benefício para a mobilidade urbana de Fortaleza, mais ciclovias são aguardadas por quem prefere o uso da bicicleta no dia a dia da Capital. A Prefeitura de Fortaleza, por meio do Programa de Transporte Urbano de Fortaleza (Transfor) implantou recentemente mais de 8 Km de novos equipamentos, e promete ainda a implantação em novas vias, como a José Bastos, Augusto dos Anjos e Germano Frank.

A infraestrutura a ser montada interligará as ciclovias já existentes e darão acesso aos terminais do Antônio Bezerra, Papicu, Siqueira e Parangaba, que também receberão bicicletários permitindo aos usuários guardar a bicicleta com segurança. Além disso, de acordo com o Transfor, está em conclusão a licitação para a elaboração do Plano Cicloviário de Fortaleza, com o objetivo de consolidar uma ampla infraestrutura.

Fonte: Diário do Nordeste

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