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Congestionamento afeta negativamente saúde dos condutores


Por Mariana Czerwonka Publicado 14/09/2011 às 03h00 Atualizado 10/11/2022 às 18h48
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Um estudo desenvolvido pela IBM (Global Commuter Pain), que vai na quarta edição, sobre deslocações em hora de ponta, realizado em algumas das cidades economicamente mais importantes à escala global, mostra que as queixas dos condutores não param de crescer, embora os trajectos e as infra-estruturas tenham melhorado significativamente no último ano. Em mais de metade dos locais analisados, registou-se um crescimento expressivo (quando comparado com o estudo anterior) do número de condutores que afirmou que o trânsito tem aumentado os seus níveis de stresse, raiva, frustração, afectando o desempenho no trabalho e na escola. As deslocações diárias de casa para o trabalho e vice-versa afectaram negativamente, no último ano, e de alguma forma, a saúde de 69 por cento dos entrevistados: 45 por cento revela aumento dos níveis de stresse e 35 por cento de raiva. Os problemas respiratórios devido ao congestionamento de trânsito foram mais evidentes na China e na Índia. “Os efeitos negativos da condução rotineira em hora de ponta não aparecem de forma gratuita”, afirmou Naveen Lamba, especialista da IBM em sistemas de transportes inteligentes (Global Intelligent Transportation). “A resposta emocional dos condutores às deslocações diárias e rotineiras está directamente associada a vários factores, nomeadamente ao congestionamento do tráfego. O estudo deste ano indica que os condutores estão mais instáveis, inquietos e ansiosos do que em 2010”. Segundo os resultados da IBM, o número de queixas tem subido mesmo nas cidades em que os condutores admitem existir uma melhoria substancial no tráfego rodoviário. Entre os queixosos, o desejo de usar novos sistemas e serviços para obter informações mais precisas e oportunas sobre as condições da estrada foi sobretudo partilhada pelos condutores de Los Angeles, Chicago, Moscovo e Bangalore. “Não podemos simplesmente construir um caminho alternativo, seja em que cidade for”, diz Vinodh Swaminathan, director de sistemas de transportes inteligentes, da IBM. “As cidades precisam de avançar a um nível superior de conhecimento e reagir. É necessário encontrar maneiras de antecipar e evitar situações que causem o congestionamento de trânsito, que, caso nada seja feito, transformarão o mundo num estacionamento gigante”. Em economias emergentes Em economias emergentes Os resultados do inquérito sugerem um investimento em infra-estruturas rodoviárias nas economias em maior crescimento. Comparativamente a outras cidades analisadas, os condutores de Bangalore, Nova Deli, Pequim e Shenzhen constatam uma melhoria nos últimos três anos. No entanto, os condutores nestas cidades relatam ainda, com mais frequência do que a média, que o tráfego tem afectado negativamente os seus níveis de stresse, saúde e produtividade. Por exemplo, 86 por cento dos inquiridos em Pequim, 87 por cento em Shenzhen, 70 por cento em Nova Deli e 61 por cento em Nairobi classificam o congestionamento de tráfego como o inibidor chave para o sucesso profissional ou um bom desempenho escolar. Por outro lado, 67 por cento dos condutores da Cidade do México, 63 por cento de Shenzhen e Nova Deli, e 61 por cento em Pequim, admitem que no último mês decidiram ficar pelo menos um dia em casa para evitar o tráfego intenso. Os resultados do inquérito reflectem uma maior disposição para usar transportes públicos e tecnologia. Globalmente, 41 por cento acreditam que melhorar a rede de transportes colectivos ajudaria a reduzir o congestionamento. Esta utilização revela-se mais habitual em cidades emergentes, incluindo Nairobi, Cidade do México, Shenzhen, Buenos Aires e Pequim. O estudo revela uma disparidade entre vários locais: Montreal revelou ter a estrutura urbana mais acessível entre as cidades estudadas, seguida por Londres e Chicago. A Cidade do México, Shenzhen e Pequim estão no extremo oposto. Os investigadores procuraram saber junto dos condutores o tempo que demoram a fazer a viagem casa-trabalho ou casa-escola e o tempo médio que estão presos no trânsito, de acordo com os seguintes pontos: preço do combustível, tráfego, pára-arranca, stresse e raiva. Fonte: Ciência Hoje

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