
Muitas autoescolas desenvolvem um intenso trabalho de prevenção, segurança e valorização da vida. “Em nosso ramo, conseguimos perceber a evolução significativa dos CFCs, eles passaram a se preocupar realmente com a formação cidadã do novo condutor”, avalia Mariano.
Ainda de acordo com o especialista, muitos alunos chegam à autoescola sem nenhuma motivação, já achando que sabem tudo sobre o ato de dirigir, e o CFC tem uma difícil tarefa de mudar a cultura desse indivíduo. “Os resultados são surpreendentes e muitos jovens saem transformados e conscientes de seu papel no trânsito”, diz o especialista.
Segundo Mariano, o nível de dedicação do aluno durante um curso de primeira habilitação interfere na sua aprendizagem de duas formas: de forma direta, naquele “mergulho intelectual” e “emocional” – acontece nos bons CFCs, nos necessários conceitos de cidadania, direção defensiva, legislação, etc, que são fundamentais para uma participação segura no trânsito; e, de forma indireta, nas ações cidadãs que devem se manifestar a partir daí: “quem faz um bom curso de primeira habilitação adquire uma visão crítica do mundo do trânsito e tende a participar dele não apenas como condutor, mas como cidadão, contaminando as outras pessoas com os conceitos de respeito e bom senso na utilização deste bem público”, explica.
Para concluir, o especialista destacou que atualmente o Centro de Formação de Condutores talvez seja o único contato que o candidato a primeira habilitação tenha com a educação para o trânsito. “O CFC é uma instituição de ensino, certificada e credenciada pelo Detran, com qualidade e responsabilidade para despertar no cidadão todos os requisitos necessários para que ele seja um condutor mais responsável, que conheça e respeite as leis, e que olhe os outros usuários com mais compreensão e dignidade”, conclui Mariano.