Futuros motoristas terão aulas em simuladores


Por Mariana Czerwonka

Legislação determinou obrigatoriedade do equipamento até o dia 30, mas CFC’s pedem mais prazo

Um simulador de direção veicular será o primeiro contato de futuros condutores com o trânsito nas autoescolas. A ideia, proposta pelo Conselho Nacional de Trânsito (Contran), é utilizar a tecnologia de realidade virtual (simuladores) para aprimorar o processo de formação de motoristas. A decisão de adotar o aparelho em larga escala foi regulamentada no final do ano passado e prevê que as adequações às normas estipuladas para o uso do equipamento sejam feitas até 30 de junho de 2013.

Atualmente, para obter a Carteira Nacional de Habilitação (CNH) na categoria B, o aluno faz em média 45 aulas teóricas e 20 práticas. Com a obrigatoriedade dos simuladores, serão ao menos mais cinco horas de treino. “O recurso é importante, pois possibilita ao aluno conhecer o funcionamento do veículo e das situações que ele possa vir a enfrentar antes mesmo da prática real”, afirma Cláudio Alberto Rodrigues Marques, instrutor teórico de um dos Centros de Formação de Condutores (CFC’s) de Santa Cruz do Sul.

Apesar de ser vista como positiva, a implantação do serviço ainda não é viável. O presidente do Sindicato dos CFC’s do Estado, Edson Cunha, esclarece que apenas uma empresa de São Paulo está homologada pelo Departamento Nacional de Trânsito (Denatran) para oferecer a tecnologia. “Ela está autorizada, mas ainda não oferece o equipamento para venda, o que não possibilita a mudança”, explica. Segundo ele, a Federação Nacional das Autoescolas (Feneauto) solicitou a prorrogação do prazo para adequação junto ao Contran. Enquanto aguardam resposta, os centros de formação operam na atual estrutura curricular, sem previsão de adesão do aparelho.

Outra questão que contribui para a necessidade do aumento do prazo é a adaptação. A tecnologia, que custa em média R$ 35 mil, deve ser instalada em uma sala exclusiva com área mínima de 15 metros quadrados e ter isolamento acústico. “Precisamos de tempo para adaptar as dependências para depois adquirir o equipamento”, afirma Cunha. Quanto ao custo das mensalidades pagas pelos condutores, ele afirma que um novo serviço será disponibilizado acarretando possivelmente alteração no valor “Mas isso é a longo prazo. Temos que colocar em prática para avaliar valores”, finaliza.

Fonte: GAZ

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