IA agêntica deve transformar o setor automotivo já em 2026, aponta pesquisa global do IEEE

Nova pesquisa global do IEEE revela que a IA agêntica deve impulsionar mudanças profundas no trânsito e no setor automotivo já em 2026.


Por Assessoria de Imprensa
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Carros autônomos e conectados devem ganhar novas capacidades em 2026 com o avanço da IA agêntica, segundo pesquisa global do IEEE. Foto: carloscastilla para Depositphotos

O setor automotivo deve ser um dos mais impactados pela chamada IA agêntica já a partir de 2026. A previsão aparece em um novo estudo global do IEEE (Instituto dos Engenheiros Eletricistas e Eletrônicos), maior organização técnico-profissional do mundo, que ouviu 400 líderes de tecnologia em seis países, incluindo o Brasil. Segundo o levantamento, 35% dos executivos veem os veículos autônomos como uma das áreas mais afetadas pela IA no próximo ano — no Brasil, esse número cresce para 38%.

A chamada “IA agêntica” representa a próxima evolução da inteligência artificial: diferentemente da IA tradicional, que reage a comandos, ela define metas, planeja, toma decisões e executa tarefas com mínima intervenção humana.

No contexto do trânsito, isso significa carros capazes de antecipar riscos, recalcular rotas em tempo real, detectar falhas na pista e se comunicar com a infraestrutura urbana por meio do conceito V2X — veículos conversando com semáforos, com outros carros e com sistemas da cidade.

Mobilidade que prevê, aprende e colabora

Para especialistas, a chegada da IA agêntica inaugura uma mudança profunda de paradigma. Os veículos deixam de apenas reagir ao ambiente para prever movimentos, aprender com dados e colaborar com o ecossistema urbano, tornando a mobilidade mais segura, fluida e personalizada.

“Estamos entrando em uma fase em que o carro será um agente ativo no trânsito, e não apenas uma máquina conduzida por humanos”, afirma o IEEE no estudo. Para o setor automotivo, isso envolve desde novas arquiteturas de software até sistemas de segurança ainda mais integrados.

Além dos veículos autônomos, o levantamento também aponta robótica (56%) e realidade estendida (38%) entre as tecnologias que mais serão impactadas pela IA em 2026.

Um salto que começa no Brasil

No recorte brasileiro, os setores que devem vivenciar maior transformação por IA incluem:

Mas é o setor automotivo que ganha destaque, especialmente quando observamos o avanço dos sistemas de automação de segurança, análise de tráfego e inteligência embarcada.

O estudo também aponta que 64% dos líderes brasileiros acreditam que a adoção e exploração da IA agêntica continuará em ritmo acelerado no país em 2026, acompanhada de um aumento na contratação de analistas de dados para monitorar precisão, transparência e vulnerabilidades dos sistemas.

Assistententes inteligentes e mudanças no dia a dia

A pesquisa mostra ainda que a IA agêntica deve entrar no cotidiano das pessoas de forma massiva já em 2026. Globalmente:

Em outras palavras, a IA que guia o usuário no trânsito será a mesma que ajudará a administrar sua rotina.

Segurança e governança continuam no centro do debate

Apesar do otimismo, os desafios permanecem significativos. Para os entrevistados brasileiros, as principais preocupações são:

Do ponto de vista corporativo, 54% afirmam que suas organizações integrarão IA em toda a operação, alinhadas a regras governamentais. Outros 34% apontam a necessidade de políticas internas claras sobre como e quando usar IA.

Infraestrutura, trabalho e os próximos passos

Para suportar a expansão da IA — especialmente no trânsito, cuja demanda por dados é gigantesca — o IEEE estima que o mundo precisará de 3 a 7 anos para construir a infraestrutura global de data centers necessária.

E quanto ao impacto no mercado de trabalho? A pesquisa indica que entre 26% e 50% das funções serão ampliadas por IA já em 2026, especialmente em áreas como análise de dados, práticas éticas de IA e modelagem.

Por que isso importa para o trânsito brasileiro?

A chegada da IA agêntica acelera tendências que já vinham ganhando força:

Para especialistas, o Brasil está diante de um divisor de águas.

A adoção dessas tecnologias pode reduzir sinistros, otimizar o transporte coletivo e tornar as cidades mais inteligentes — mas só se houver investimento, regulação e políticas públicas compatíveis com essa nova era.

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