
Já no segundo painel de discussões — ‘Em quais áreas o Rio ainda não é a Cidade Maravilhosa’ —, o vice-governador Luiz Fernando Pezão destacou o esforço que tem sido feito na recuperação dos trens metropolitanos. “Os trens da SuperVia ficaram sucateados durante décadas. As composições eram as mesmas desde a instalação das linhas nos anos 80. Trocamos quase 100 trens e, nos próximos anos, serão todos novos. Infelizmente,não é algo que se faz de um dia para o outro”, afirmou. Para o professor e fundador do Observatório de Favelas, Jailson de Souza e Silva, o Rio tem que ser visto como área central da Região Metropolitana: “Assim, o transporte e outras questões como habitação e saneamento serão tratadas numa perspectiva maior. Está tudo integrado”. Por fim, Pezão destacou a força da Região Metropolitana nesse contexto e prometeu a conclusão do Arco Metropolitano até o fim do ano.
Mola propulsora para avanços
“O maior desafio do Rio não é servir a cidade para a Copa do Mundo de 2014 e os Jogos Olímpicos de 2016, mas sim fazer com que os grandes eventos venham servir o Rio de avanços”. A reflexão de Jailson de Souza e Silva concluiu o debate reforçando o momento propício para as mudanças na cidade do Rio e no estado. Para ele, a busca por dignidade nas comunidades pobres é o princípio que deve nortear as políticas públicas: “Para isso, nós precisamos garantir os princípios da liberdade e da igualdade, que não devem ser vistos apenas do ponto de vista econômico. Moradores das favelas não devem ser vistos como carentes”.
Fonte: O dia.com.br