Acidentes envolvendo motocicletas cresceram 28,9% em rodovias paulistas


Por Assessoria de Imprensa

Acidentes envolvendo motocicletas cresceram 28,9% nas rodovias paulistas concedidas. Obedecer os limites de velocidade e a sinalização viária são vitais para salvar vidas.

O estado de São Paulo possui uma frota de mais de 6,1 milhões de motocicletas, um dos elos mais frágeis no trânsito. Neste mês do movimento Maio Amarelo para a conscientização e redução de mortes no trânsito, a ARTESP – Agência Reguladora de Transportes do Estado de São Paulo, reforça que a educação no trânsito e o cumprimento às leis e à sinalização são vitais para salvar vidas, já que os acidentes envolvendo motocicletas nas rodovias concedidas subiram 28,9%, comparando-se os períodos de março de 2021 (418) e março de 2022 (539), segundo o Infosiga SP, sistema do governo do Estado gerenciado pelo programa Respeito à Vida e Detran.SP.

Ao menos, os acidentes têm apresentado menor índice de letalidade: os óbitos de motociclistas tiveram queda de 4,9% na malha viária paulista sob concessão, comparando-se os anos de 2019 (367) e 2021 (349).

Confira as orientações:

“O motociclista é muito vulnerável na corrente de tráfego e, portanto, os cuidados devem ser redobrados uma vez que o “para-choque” acaba sendo o seu próprio corpo. Nas ruas das cidades ou nas rodovias, onde a velocidade é mais alta, qualquer descuido pode ser fatal. Por isso, a direção defensiva, a educação no trânsito e a obediência às leis e à sinalização são fundamentais para se diminuir os índices de acidentes e sua gravidade, foco principal do Maio Amarelo”, enfatiza Cibele Andrade Alves, gerente de Sinalização e Segurança da ARTESP.

Experiências

Paulo Gilberto sempre programa a viagem antes de pegar a estrada. Foto: Arquivo Pessoal

Para o consultor de Planejamento, Paulo Gilberto Ribeiro, de 63 anos e mais de 40 anos de experiência como condutor sobre duas rodas, “manter a distância do veículo à frente e ultrapassar somente nos locais permitidos, dosando a distância do veículo que está vindo e a velocidade em que você está são essenciais para garantir a segurança de todos”.

De acordo com ele, outra recomendação importante é não trafegar pelo corredor, no meio dos veículos. “Também é fundamental programar a viagem, conhecer as estradas que usará e viajar só de dia, especialmente se a distância for longa”, reforça o motociclista, que recentemente “cortou” o país de moto até Montevidéu (Uruguai).

Luiz Eduardo prefere andar de moto por se um veículo mais ágil.
Foto: Arquivo Pessoal

Já o empresário Luiz Eduardo Martini, de 22 anos, só anda de moto porque é um veículo que trafega mais rapidamente no trânsito. “Gosto de viajar de moto porque temos mais liberdade e apreciamos mais a paisagem. Mas, tem que se tomar muito cuidado nas estradas, porque qualquer imperfeição no pavimento ou buracos causam instabilidade se a moto estiver em alta
velocidade. Outro cuidado importante é ficar longe dos veículos à frente, principalmente dos caminhões”, conta Luiz, que se diz tranquilo em relação aos possíveis descuidos desta categoria
de condutores nas estradas.

“Não vejo muita imprudência de motociclistas nas rodovias, ao contrário do que ocorre nas cidades, onde o trânsito é muito agitado e as pessoas estão sempre com pressa”, argumenta.

Equipamentos e itens de segurança

O uso de capacete é obrigatório para o piloto e passageiro, pois, em caso de acidentes com motocicletas, pode reduzir em até 40 % o risco de morte, segundo dados da Organização Mundial da Saúde (OMS).

No caso de capacete sem viseira, use óculos de proteção, para proteger os olhos contra pedras, insetos ou detritos que estejam nas vias. Além disso, devem ser utilizados ainda calçados e roupas adequadas, especialmente para proteger braços e pernas; já chinelos e sapatos de saltos são desaconselháveis.

À noite, a indicação é usar roupas claras ou com tecidos refletivos, principalmente no caso dos motofretistas, para evitar acidentes envolvendo motocicletas.

Programa para aperfeiçoamento

Para o motorista que está começando agora na direção em duas rodas ou quer se aperfeiçoar, há
cursos específicos e até gratuitos, como o Programa Motofretista Seguro, uma iniciativa do
Governo de São Paulo e do Detran/SP. O programa ajuda desde a regularização dos documentos,
a atualização, bem como a indicação de linhas de crédito para aquisição de motos e de equipamentos de segurança.

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