PL propõe reserva de vagas em estacionamentos para gestantes e responsáveis por crianças de colo

Proposta aprovada na Comissão de Desenvolvimento Urbano segue em análise na Câmara dos Deputados.


Por Agência de Notícias
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PL determina a reserva de vagas em estacionamentos para as gestantes e para as pessoas com crianças de até dois anos de idade. Foto: fbmadeira para Depositphotos

A Comissão de Desenvolvimento Urbano da Câmara dos Deputados deu mais um passo rumo à ampliação dos direitos de mobilidade para grupos com necessidades específicas. Em sessão realizada no dia 2 de julho, os parlamentares aprovaram um projeto de lei que determina a reserva de vagas em estacionamentos para gestantes e para pessoas que estejam acompanhadas de crianças de até dois anos de idade.

O texto aprovado é um substitutivo apresentado pela relatora da matéria, deputada Lêda Borges (PSDB-GO), ao Projeto de Lei 8650/2017, de autoria da ex-deputada Mariana Carvalho (RO), que tramitava em conjunto com outras quatro propostas semelhantes. A relatora reuniu os principais pontos de todos os textos em um novo parecer, que atualiza o Código de Trânsito Brasileiro (CTB) e a Lei da Acessibilidade.

Segundo a deputada Lêda Borges, a proposta visa promover maior equidade no uso do espaço urbano, facilitando o deslocamento de gestantes e responsáveis por crianças pequenas.

“A ideia é facilitar a vida das pessoas, em especial das mulheres, que enfrentam dificuldades nos deslocamentos diários, por meio da equiparação dos direitos assegurados a pessoas com deficiência ou mobilidade reduzida”, destacou a parlamentar.

Vagas em estacionamentos públicos e privados

De acordo com o substitutivo aprovado, as vagas reservadas devem estar próximas dos acessos de circulação de pedestres, nos moldes das já destinadas a idosos ou pessoas com deficiência. A novidade é que, nos grandes estacionamentos, o percentual mínimo de 2% do total de vagas deverá ser compartilhado entre gestantes, pessoas com crianças de colo, idosos e pessoas com deficiência. Já nos estacionamentos menores, será obrigatória a disponibilidade de ao menos uma vaga para cada grupo.

Caso o projeto se torne lei, essa mudança impactará diretamente a sinalização de trânsito e o uso dos espaços privados de uso coletivo, como shoppings, supermercados, hospitais e centros comerciais, exigindo adequações por parte dos estabelecimentos.

Trâmite legislativo

A proposta segue tramitando em caráter conclusivo, ou seja, pode ser aprovada nas comissões permanentes da Câmara dos Deputados sem a necessidade de passar por votação em plenário, salvo se houver recurso. Os próximos passos incluem análise pelas Comissões de Saúde e de Constituição e Justiça e de Cidadania (CCJ).

Se aprovada por todas as comissões, a matéria segue para apreciação no Senado Federal, onde passará por nova rodada de discussões antes de ser sancionada e incorporada à legislação nacional.

Inclusão e mobilidade no centro do debate

Especialistas em trânsito e mobilidade urbana têm reforçado a importância de políticas públicas que garantam maior acessibilidade para todos os cidadãos, especialmente os que enfrentam dificuldades de locomoção temporárias ou circunstanciais, como gestantes e pais de bebês.

A proposta reforça o entendimento de que a acessibilidade não se limita à deficiência física permanente, mas inclui situações que demandam mais conforto e segurança no dia a dia urbano. Reservar vagas para esses grupos é, também, uma medida de respeito à dignidade humana e à inclusão social.

As informações são da Agência Câmara de Notícias

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