Viagem segura no recesso ajuda a salvar vidas e evita sobrecarga do sistema de saúde

Viagens no fim de ano exigem cuidados redobrados: Sesa alerta que prevenção no trânsito salva vidas e evita sobrecarga do SUS no Paraná.


Por Assessoria de Imprensa
viagem segura
A redução de acidentes passa, necessariamente, pela atenção à saúde física e mental de quem dirige. Foto: Divulgação SESA

Com a aproximação das festas de fim de ano e do período de férias, a Secretaria de Estado da Saúde do Paraná (Sesa) reforça o alerta para a importância do planejamento e da adoção de comportamentos seguros nas viagens rodoviárias. O aumento concentrado do fluxo de veículos nas estradas eleva o risco de sinistros graves e fatais, com impactos diretos não apenas na segurança viária, mas também na capacidade de atendimento do sistema de saúde.

Segundo a Sesa, os acidentes de trânsito geram uma demanda adicional por atendimentos de urgência e emergência que precisa ser absorvida pelo Sistema Único de Saúde (SUS), sobrecarregando hospitais e serviços especializados e afetando o atendimento de outras necessidades da população.

Dados preocupantes nas rodovias federais do Paraná

Os números da Polícia Rodoviária Federal (PRF) dimensionam o desafio enfrentado no Estado. Durante o período de Natal e Ano Novo de 2024, entre os dias 20 de dezembro e 1º de janeiro, foram registrados 262 acidentes nas rodovias federais do Paraná. Esses sinistros resultaram em 264 pessoas feridas e 23 mortes.

O cenário permanece preocupante ao longo de 2025. No primeiro semestre do ano, foram contabilizados 3.636 sinistros, com 4.017 feridos e 302 óbitos, representando um crescimento de 8,2% em relação ao mesmo período de 2024.

Já no trimestre de julho a setembro de 2025, a PRF registrou mais 151 mortes. Com isso, de janeiro a setembro, o total chegou a 453 vidas perdidas nas rodovias federais do Paraná.

Impacto direto na rede hospitalar

A violência no trânsito também se reflete de forma expressiva na rede hospitalar. Os acidentes estão entre as principais causas de atendimentos por trauma, exigindo equipes especializadas, leitos hospitalares e recursos de alta complexidade.

Dados da Sesa mostram que, de janeiro a outubro de 2025, o Paraná registrou mais de 22 mil procedimentos relacionados a traumas, com custo superior a R$ 39,5 milhões. O volume representa uma média mensal de 2.226 procedimentos, evidenciando o esforço contínuo do sistema de saúde para atender vítimas de sinistros viários.

Segurança viária como cuidado coletivo

Para o secretário estadual da Saúde, Beto Preto, a prevenção no trânsito deve ser encarada como uma estratégia de cuidado coletivo e de preservação da vida.

“A atenção redobrada nas estradas é, portanto, uma estratégia de cuidado coletivo. A prevenção no trânsito é uma forma de cuidado com a saúde e com a vida. Cada escolha responsável evita perdas irreparáveis, protege famílias inteiras e contribui para que o sistema de saúde preserve sua capacidade de resposta às diferentes necessidades da população. Quando falamos em segurança nas rodovias, estamos falando de respeito ao outro e de compromisso com a vida”, destacou.

Saúde física e mental do condutor faz diferença

A Sesa ressalta que a redução dos acidentes passa, necessariamente, pela atenção à saúde física e mental de quem dirige. Viagens longas potencializam fatores como fadiga, privação de sono, desidratação e estresse, que comprometem a capacidade cognitiva e o tempo de reação — elementos essenciais para uma condução segura.

Com o objetivo de orientar a população durante o recesso, a Secretaria elaborou um guia de prevenção com condutas responsáveis que ajudam a evitar tragédias nas estradas.

Dicas para uma viagem mais segura

Foco no percurso

O uso de celulares, GPS ou tablets desvia a atenção visual e cognitiva da via, especialmente em rodovias com velocidades mais elevadas. Alguns segundos de distração podem ser decisivos para a ocorrência de um sinistro grave.

Álcool e direção

Dirigir sob efeito de álcool compromete o julgamento, a coordenação motora e a percepção de risco. A orientação é clara: tolerância zero para quem vai conduzir.

Fadiga

Sono insuficiente e cansaço extremo reduzem a atenção e o tempo de resposta, com efeitos comparáveis à direção sob efeito de substâncias. Dormir de 7 a 8 horas antes da viagem é uma medida essencial de autoproteção.

Hidratação e pausas

Paradas a cada duas ou três horas ajudam a combater desidratação, estresse e perda de atenção. Alongar-se, caminhar e manter alimentação leve contribuem para manter o estado de alerta durante todo o trajeto.

Ao adotar essas medidas, o motorista protege a própria família e os demais usuários das rodovias. Além disso, contribui para evitar a sobrecarga dos serviços de saúde durante o período de férias.

Programa Vida no Trânsito

As ações de vigilância, prevenção de lesões e redução de mortes no trânsito integram o Programa Vida no Trânsito (PVT). A iniciativa atua na identificação dos principais fatores de risco e no desenvolvimento de estratégias para reduzir acidentes, feridos e óbitos. O foco é a preservação da vida nas ruas e rodovias.

Fonte: Secretaria de Estado da Saúde do Paraná (Sesa)

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