07 de dezembro de 2025

Aumentam colisões com motociclistas nas rodovias federais: PRF reforça alerta em todo o país

Número de mortos envolvendo motos cresce mais de 20% nas BRs. Operações de fiscalização e campanhas educativas são intensificadas para conter avanço da violência no trânsito.


Por Assessoria de Imprensa Publicado 30/07/2025 às 13h30
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motociclistas rodovias
Dados da Polícia Rodoviária Federal (PRF) revelam que entre 2023 e 2024 os índices de sinistros de trânsito com motocicletas aumentaram 13,74% nas rodovias federais. Foto: Divulgação PRF

A Polícia Rodoviária Federal (PRF) emitiu um alerta nacional sobre o aumento preocupante de colisões envolvendo motocicletas nas rodovias federais. Os dados mais recentes, referentes ao estado do Paraná, revelam uma tendência que acende o sinal vermelho para o Brasil inteiro: mais motos nas estradas, mais feridos, mais mortes.

Só entre janeiro e abril de 2025, os acidentes com motocicletas subiram 6% no estado, passando de 785 para 833 registros. O número de feridos aumentou de 907 para 962, enquanto o total de mortes saltou de 37 para 45 vítimas fatais — um crescimento de 21,6%.

E não para por aí: o balanço geral do primeiro semestre mostra que, nas rodovias federais que cruzam o Paraná, 302 pessoas perderam a vida, 8% a mais do que no mesmo período de 2024. Ao todo, foram registrados 3.636 sinistros e 4.017 feridos nas BRs paranaenses.

Excesso de velocidade e ultrapassagens: vilões conhecidos

De acordo com a PRF, o excesso de velocidade está diretamente associado a cerca de 40% dos sinistros graves. Entre janeiro e junho de 2025, foram flagradas 281.210 infrações por velocidade acima do permitido, o que representa uma autuação a cada 56 segundos.

As ultrapassagens indevidas, que costumam causar colisões frontais — especialmente fatais em pistas simples —, também seguem preocupando: foram mais de 6.500 infrações no semestre, o equivalente a uma a cada 40 minutos.

Outro dado alarmante é o crescimento dos acidentes relacionados ao consumo de álcool: o número de mortes causadas por embriaguez ao volante saltou 240%, de 5 vítimas no primeiro semestre de 2024 para 17 neste ano.

Motociclistas são as maiores vítimas

Os motociclistas continuam entre os grupos mais expostos à violência no trânsito, especialmente nas rodovias. Além de representarem uma proporção cada vez maior da frota, os condutores de motocicletas são mais vulneráveis em caso de colisão e, muitas vezes, circulam em alta velocidade, com pouca margem para erro.

Na região de Curitiba, a PRF observou um aumento de 10% nas mortes de motociclistas em relação ao ano passado. Foram 65 vidas perdidas, o que representa 20% de todas as mortes nas rodovias federais do Paraná no primeiro semestre de 2025.

PRF lança operação nacional com foco em motos

Como resposta a esse cenário, a PRF intensificou a Semana Nacional de Prevenção de Sinistros, com destaque para a operação Corredores Seguros — voltada à redução de acidentes com motocicletas nos principais eixos rodoviários do Paraná, Santa Catarina e Minas Gerais.

As ações começaram no dia 23 de julho e seguem até 8 de agosto, com atuação focada em locais de alto risco para motociclistas, reforço na presença de policiais motociclistas, monitoramento do fluxo de velocidade e abordagens educativas.

Sinistro, não acidente: comportamento faz diferença

A PRF tem reforçado o uso do termo “sinistro de trânsito”, em vez de “acidente”, para enfatizar que a maioria das ocorrências poderia ser evitada. Em geral, os fatores que causam mortes nas estradas — como velocidade, álcool, falta de atenção e manobras proibidas — estão diretamente relacionados ao comportamento dos condutores.

A adoção dessa mudança de linguagem ocorre por diversos órgãos e especialistas. O objetivo é destacar que a segurança no trânsito não depende apenas da sorte ou do destino, mas de escolhas conscientes.

O que é possível fazer?

Especialistas em trânsito destacam que reduzir o número de sinistros fatais exige um conjunto de medidas permanentes e articuladas:

  • Fiscalização efetiva, com uso de tecnologia e presença ativa das forças de segurança;
  • Educação para o trânsito, com campanhas contínuas que alertem para os riscos de comportamentos imprudentes;
  • Infraestrutura adequada, com sinalização clara e manutenção constante das rodovias;
  • Formação de condutores mais preparada e focada em atitudes seguras, especialmente para motociclistas e profissionais do transporte.

A PRF reforça que a colaboração dos condutores é indispensável para reverter o cenário atual. Obedecer aos limites de velocidade, respeitar a sinalização e dirigir com responsabilidade são atitudes simples que podem salvar vidas — inclusive a sua.

Assessoria de Imprensa

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