Formação de condutores: o que o Brasil pode aprender com modelos internacionais
Conheça como países como Alemanha, Suécia e EUA formam seus motoristas e o que podemos aprender para garantir segurança no trânsito.

O debate sobre o futuro das autoescolas está no centro da pauta no Brasil. O Ministério dos Transportes propôs tornar facultativa a obrigatoriedade de aulas em Centros de Formação de Condutores (CFCs). Agora, o Congresso se envolveu e também discute possibilidades de alterações no processo. Nada ainda foi resolvido e parece que a discussão ainda irá longe.
A intenção da mudança, de acordo com o Ministério, é reduzir custos e ampliar o acesso à Carteira Nacional de Habilitação (CNH), mas levanta uma questão crucial: será que flexibilizar a formação não trará riscos à segurança no trânsito?
A experiência internacional mostra que a formação de condutores é tratada como política pública estratégica. Países com baixos índices de mortalidade no trânsito não abrem mão de padrões mínimos de qualificação, combinando teoria, prática supervisionada e cursos específicos de percepção de risco.
Modelos rigorosos na Europa
Na Alemanha, candidatos à habilitação precisam, obrigatoriamente, frequentar autoescolas credenciadas. Além das aulas teóricas, devem cumprir treinamentos práticos e aulas especiais em situações específicas, como direção noturna ou em rodovias. Não se permite aprender apenas com familiares — a presença de instrutores certificados é obrigatória.
Na Holanda, o modelo é semelhante: instrutores precisam de certificação oficial, e os exames práticos e teóricos são conduzidos por órgãos independentes, garantindo padronização. O objetivo é claro: reduzir a variabilidade da formação e assegurar que todos os novos motoristas cheguem às ruas minimamente preparados.
Educação de risco obrigatória: o exemplo da Suécia
A Suécia vai além: lá é obrigatório o curso de riskutbildning, ou educação sobre riscos. O treinamento tem duas partes — uma teórica, que aborda álcool, drogas, fadiga e distrações, e outra prática, em que os alunos vivenciam situações de perda de controle em pistas especiais, simulando neve ou superfícies escorregadias.
Essa vivência busca desenvolver percepção de risco desde o início da vida ao volante. Especialistas apontam o modelo sueco como um dos responsáveis pelo baixo índice de acidentes fatais entre jovens no país.
GDL: dirigir com etapas e restrições
Outro exemplo eficaz vem de países que adotaram o Graduated Driver Licensing (GDL), como Estados Unidos, Canadá e Austrália. O sistema estabelece etapas para os novos motoristas:
- Licença de aprendizagem, com direção apenas sob supervisão;
- Licença provisória, com restrições de horário e número de passageiros;
- Licença plena, concedida após período sem infrações.
Pesquisas mostram que o GDL reduziu significativamente a mortalidade entre jovens condutores. A ideia é simples: diminuir a exposição ao risco nos primeiros meses de direção, quando a inexperiência é maior.
O debate brasileiro
No Brasil, a proposta de tornar a autoescola opcional para quem busca a CNH já gera polêmica. De um lado, há o argumento de inclusão social e redução de custos. De outro, especialistas e órgãos de trânsito alertam que a medida pode resultar em motoristas mal preparados, aumentando o risco de sinistros.
Celso Mariano, especialista em trânsito e diretor do Portal do Trânsito, faz um alerta.
“Formação é política de segurança viária. Não se trata apenas de ensinar a mexer no câmbio; é ensinar a avaliar riscos, respeitar limites e entender consequências. A experiência internacional mostra que estrutura, prática supervisionada e educação de risco salvam vidas.”
Caminho possível: modernizar sem desmontar
A lição que vem do exterior é clara: não há soluções mágicas. Reduzir custos é importante, mas não pode significar precarizar a formação. O Brasil pode — e deve — modernizar o processo, incorporando novas tecnologias, revisando conteúdos e tornando a CNH mais acessível.
“Mas qualquer mudança precisa preservar o que já está comprovado: formação estruturada, supervisão qualificada e políticas que reduzam a exposição ao risco. A pressa em flexibilizar sem salvaguardas pode custar vidas”, conclui Mariano.

O governo não quer saber da segurança e sim ganhar votos as vésperas de uma eleição , o atual ministro será candidato a eleição em seu estado e quer se impor estilo aos coronéis da região com este projeto populista e enganoso. Pena que o povo brasileiro não tem memória e está a beira de ser enganado novamente, afinal um governo que não investe na edução manipula como quer a sociedade.
A formação de condutores nos Centros de Formação de Condutores é o caminho mais seguro, responsável e humano para preparar novos motoristas.
Nos CFCs, o aluno não aprende apenas a dirigir. Ele aprende a conviver no trânsito, a respeitar regras, a reconhecer riscos e a entender que cada atitude ao volante pode salvar ou tirar vidas.
Os instrutores são profissionais qualificados, capacitados para ensinar com técnica, empatia e paciência.
Eles acompanham o aluno de perto, corrigem erros, reforçam valores e ajudam a transformar o medo em confiança.
O CFC é o único ambiente que reúne educação, orientação e segurança supervisionada, garantindo que o futuro condutor esteja realmente preparado para dirigir e viver em sociedade.
Por isso, a formação de condutores no CFC é ideal para a população, porque coloca a vida em primeiro lugar. 💛
🚦 CFC não é burocracia. É educação, é segurança, é cuidado com a vida! 🇧🇷
Sempre comentei sobre isso na minha formação de instrutor de trânsito, que primeiro temos passar pros candidatos a tirar a CNH que nada mas é que um documento pra ter o aval do órgão federal e estadual que se pode estar conduzir o veículo de maneira correta pela lei , mas também devemos considerar que esse documento não diz que vc é um condutor super experiente porque experiências vai além do tempo que se já é habilitado ,exige sempre que quando mas anos vc dirigir mas cuidado exige ou seja é ser humano que se qualifica em sempre respeitar as leis e a vida dele é dos outros , nós pais onde a lei é cumprida com rigor ninguém comete falhas porque a pessoa pressa pela sua liberdade é tbm pelo respeito às regras, se vamos tentar mudar o conceito pra flexibilidade no aprendizado dos futuros condutores , então ,vamos começar com a política, onde as leis beneficia os mal condutores ,os já habilitado, e os que não são pois num país que permite se comprar o veículo pra só depois tentar tirar o doc oficial de condução ,é bm complicado né Então começar e preciso, mas temos que ver que isso é um problema cultural ,ou seja não temos o mesmo respeito com as leis princípios dos outros pais né .
Repito cada ser humano tem que seguir as normas, as regras, e se orgulhar disso, saber que se não cumprida vai arcar as consequências, princípios básicos vem da educação familiar que ensina a respeitar tudo, pra que depois não seja obrigado a cumprir as leis por não as respeitou, já presencie ,postura de pessoal com cargos mas alto na sociedade que se diz que as leis pra eles não se aplica! Como frase que se diz vc sabe com quem está falando!?
Vamos pensar em mudar sim pra melhor mas vamos começar lá no alto escalão que são os governos,federais, estaduais, municipais, aí sim podemos começar a mudar tudo nesse país não só sobre formação de condutores.