05 de dezembro de 2025

Preço de contratar errado: como um seguro mal escolhido gera duplo prejuízo

Seguros genéricos e escolhas erradas deixam empresas expostas a prejuízos milionários, mesmo acreditando estarem protegidas.


Por Assessoria de Imprensa Publicado 04/10/2025 às 13h30
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Nesse cenário de crescimento e regulamentação, a escolha do seguro correto se torna ainda mais crítica. Apólices genéricas ou mal estruturadas podem transformar um investimento em custo perdido. Foto: Divulgação.

O mercado de seguros de transporte de carga está em franca expansão. Segundo a Federação Nacional de Seguros Gerais (FenSeg), entre janeiro e maio de 2025, a arrecadação dos seguros de transporte somou R$ 2,7 bilhões, um avanço de 11,4% em relação ao mesmo intervalo de 2024. No período, as indenizações pagas chegaram a R$ 1,5 bilhão. Parte do crescimento esperado para este ano pode estar ligado à exigência legal de contratação de determinados seguros, publicada este ano.

A Resolução nº 6.068/2025 determina que a ANTT passará a fiscalizar ativamente os seguros RC-DC (Responsabilidade Civil por Desaparecimento de Carga) e RCV (Responsabilidade Civil do Veículo) dos transportadores registrados no RNTRC (Registro Nacional dos Transportadores Rodoviários de Cargas). Antes, apenas o RCTR-C (Responsabilidade Civil do Transportador Rodoviário de Carga) era fiscalizado. Agora, todas as transportadoras devem comprovar RCTR-C, RC-DC e RCV para obter, renovar ou manter o RNTRC.

Nesse cenário de crescimento e regulamentação, a escolha do seguro correto se torna ainda mais crítica. Apólices genéricas ou mal estruturadas podem transformar um investimento em custo perdido.

“Contratar o seguro errado é pagar duas vezes: primeiro pela apólice que não cobre a real necessidade da operação e depois pelo prejuízo não indenizado quando o sinistro acontece”, afirma João Paulo, CEO da corretora Mundo Seguro.

Prejuízo

Para o executivo, a origem do problema está na escolha da corretora e no desconhecimento do perfil logístico de cada cliente, que frequentemente resulta em apólices com cláusulas incompletas. “Há regiões que exigem coberturas adicionais, seja por histórico de sinistros, seja por exigências do embarcador. Muitas transportadoras descobrem a ausência dessas cláusulas quando o ressarcimento é negado. E aí o prejuízo é imediato, porque a operação fica comprometida e o caixa sofre o impacto”, ressalta.

O transporte pelo eixo Rio–São Paulo, por exemplo, concentra a maior parte das ocorrências de roubo de carga no país e requer proteções específicas. As rotas do Centro-Oeste, essenciais para o escoamento de grãos, apresentam desafios distintos: longos trechos sem infraestrutura adequada aumentam a vulnerabilidade em paradas e postos. Operações que passam por portos ou fronteiras demandam coberturas adicionais, considerando armazenagem, fiscalização e circulação em áreas de alto fluxo.

“Não faz sentido tratar como iguais uma entrega urbana de baixo valor e o transporte interestadual de eletrônicos. Cada detalhe, da rota ao tipo de mercadoria, muda completamente a equação do risco e, consequentemente, da apólice”, pontua João Paulo.

Com a escalada de preços no setor, a personalização das apólices deixou de ser um luxo e se tornou uma necessidade estratégica para quem contrata. O crescimento do mercado, somado ao repasse de custos mais altos, torna inviável manter contratos padronizados. “Adequar a cobertura ao perfil real da operação é a única forma de evitar desperdício de recursos e, sobretudo, de se proteger contra prejuízos significativos em caso de sinistros.Nesse contexto, o seguro de carga deixa de ser apenas uma exigência legal e passa a ser um mecanismo essencial para reduzir riscos e proteger a saúde financeira do negócio”, conclui João Paulo.

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