05 de dezembro de 2025

Qual é a importância do Wi-Fi no Transporte Público

Não é à toa que vem crescendo a demanda por Wi-Fi gratuito nos ônibus, já que mais de 60% da população não têm acesso pleno à internet.


Por Agência de Conteúdo Publicado 08/10/2025 às 08h14
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Na correria dos dias de hoje, estar permanentemente conectado não é mais um luxo, mas uma necessidade. Para quem mora nas grandes cidades e encara longos quilômetros de engarrafamento, o tempo dentro do transporte público pode passar bem mais devagar sem o bom e velho smartphone. Pior do que isso, para muitos, este tempo é completamente improdutivo.

Segundo dados recentes do Estadão Mobilidade, 36% dos brasileiros que moram nas capitais ou grandes cidades gastam mais do que 1 hora de locomoção por dia. Não é à toa que vem crescendo a demanda por Wi-Fi gratuito nos ônibus, já que mais de 60% da população não têm acesso pleno à internet. Confira aqui porque isso importa e as cidades que estão saindo na frente.

Ressuscitando o tempo morto

Ninguém gosta de ficar dentro do ônibus, mas o tempo passado ali não precisa ser tempo desperdiçado. Quando as empresas oferecem Wi-Fi gratuito dentro das conduções elas estão ajudando os usuários a transcender a barreira do deslocamento. Assim, em vez de passar a viagem inteira pensando na morte da bezerra, os passageiros podem assistir aulas EaD para adiantar o curso, conversar com os amigos, ou explorar novos lançamentos de slots.

Ao longo do trajeto, os usuários podem aproveitar também para e responder emails ou acessar relatórios de trabalho na nuvem. Dá até para realizar reuniões breves por videoconferência. Independente do uso escolhido pelo passageiro, o resultado da internet gratuita no transporte público é sempre positivo, já que pode promover a inclusão digital de milhões de brasileiros.

O assunto é tão sério que já tem até projeto de lei tramitando na Câmara dos Deputados sobre o tema. A proposta apresentada obriga as empresas de ônibus a instalar e manter o bom funcionamento de redes sem fio em todos os veículos, sob pena de multa. A qualidade de conexão deverá ser suficiente para uma navegação básica, garantindo ainda a proteção dos dados dos usuários de acordo com a LGPD (Lei Geral de Proteção de Dados). Mesmo assim, algumas das maiores capitais do país já estão se adiantando.

Cidades conectadas

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Foto: Pixabay

Quem mora em Campinas, ou em uma das 20 cidades que compõem sua região metropolitana, já tem internet de graça nas linhas que fazem parte do consórcio Bus+. Neste caso, os usuários são cadastrados por CPF e possuem senhas individuais. Quem ainda não tem cadastro, pode fazer um na hora.

Em São Paulo, a internet gratuita nos ônibus é encarada como projeto de mobilidade urbana de médio prazo. Em 2022, a prefeitura tinha planos de disponibilizar Wi-Fi 5G de graça em toda a frota até 2024. A atual administração ainda não cumpriu a meta, mas parte da rede já está conectada; os ônibus com Wi-Fi podem ser identificados pelo adesivo do projeto no pára-brisa.

Na Grande Recife, a melhoria começou a ser implementada há mais de 10 anos. Embora a frota da capital pernambucana ainda não esteja completamente conectada, a linha BRT conta com o hotspot “MobiWiFi_Gratis”. O município também oferece acesso de graça em diversas paradas de ônibus. A exemplo do que acontece em Campinas, aqui, os usuários também precisam se cadastrar.

Desafios pela frente

Apesar dos avanços inegáveis, Wi-Fi nos transportes públicos segue sendo uma questão de boa vontade política de gestores e empresas. Devido aos custos envolvidos na aquisição, instalação e manutenção dos roteadores, a maior parte das empresas só dão este passo à frente quando incentivados (ou obrigados) pelo poder público.

Além disso, a qualidade da conexão pode ser afetada por diversos fatores, como falhas de cobertura, tempo ruim, e a própria geografia da cidade. Ou seja, não basta instalar roteadores, é preciso investir em infraestrutura crítica para garantir a qualidade e a estabilidade do serviço.

Já tem projeto sobre o tema rolando em Brasília. No entanto, o caminho para ele se tornar lei de fato pode ser longo e engarrafado. O texto ainda será analisado por diferentes comissões da casa, antes de ser votado. Depois de votado, (caso vença) será encaminhado para o Senado e depois para sanção presidencial.

Internet gratuita é sempre um negócio tentador. Mesmo assim, os usuários também precisam estar atentos. O risco de ataques cibernéticos e roubo de dados pode ser maior nestas redes. Para evitar aborrecimentos, os usuários podem baixar aplicativos como VPNs e antivírus, garantindo a segurança da navegação.

Na Rota Certa

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Foto: Pixabay

Sem dúvida, a conectividade no transporte coletivo vai muito além de um merecido conforto. Ela é uma ferramenta de inclusão digital em massa e de melhoria de qualidade de vida. Assim, os passageiros podem estudar, trabalhar, se comunicar e se divertir. Ao transformar tempo perdido em produtividade, abre-se um leque de possibilidades para milhões de usuários.

O pioneirismo de algumas cidades e o projeto de lei em Brasília mantêm acesa a esperança do transporte público do futuro. No entanto, superar os desafios de infraestrutura é um passo crucial. Só assim, o acesso à modernidade poderá ser verdadeiramente universal. 

Agência de Conteúdo

Conteúdo enviado por agência especializada em parceria com o Portal do Trânsito.

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