12 de dezembro de 2025

Feriado: novo serviço gratuito no WhatsApp alerta motoristas sobre riscos de medicamentos ao dirigir


Por Redação Publicado 20/11/2025 às 08h15
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medicamentos ao dirigir
O Doutor No Trânsito surge como uma ferramenta educativa, acessível e potencialmente decisiva para evitar que efeitos colaterais resultem em tragédias. Foto: luckyuran para Depositphotos

Com a chegada do feriado e o aumento esperado no fluxo de veículos pelas rodovias brasileiras, um novo serviço promete ajudar motoristas a evitar riscos desconhecidos — e muitas vezes ignorados — relacionados ao uso de medicamentos antes de dirigir. Trata-se do Doutor No Trânsito, o primeiro assistente do país especializado em identificar remédios que podem comprometer a segurança na condução de veículos.

A iniciativa, inédita no Brasil, funciona totalmente dentro do WhatsApp e de forma gratuita. O objetivo é simples e direto: permitir que qualquer motorista consulte rapidamente se determinado medicamento pode provocar efeitos que aumentam o risco de sinistros no trânsito.

Por que isso é importante?

O médico do tráfego e CEO do projeto, Alysson Coimbra, alerta que diversos medicamentos, mesmo os de uso comum, podem prejudicar a capacidade de condução. Entre eles estão:

  • antidepressivos,
  • antihipertensivos,
  • relaxantes musculares,
  • analgésicos,
  • antialérgicos,
  • e até remédios para gripe ou dor de cabeça.

Muitos desses podem causar efeitos como sonolência, tontura, lentificação dos reflexos, alterações visuais e dificuldade de concentração — fatores que aumentam drasticamente o risco de acidentes.

No Brasil, estima-se que milhares de ocorrências no trânsito ocorram anualmente envolvendo motoristas sob efeito de substâncias lícitas, mas usadas sem orientação adequada. O problema é silencioso, subestimado e pouco discutido.

Como funciona o Doutor No Trânsito

Para utilizar o serviço, o usuário só precisa enviar ao assistente o nome comercial ou o princípio ativo do medicamento. Em poucos segundos, recebe:

  • Classificação de risco para condução veicular;
  • Possíveis efeitos sobre direção e reflexos;
  • Orientações claras e diretas para a situação;
  • Recomendação para conversar com o médico prescritor.

O sistema foi desenvolvido para ser simples, rápido e acessível. Segundo os idealizadores, a proposta é democratizar a informação e permitir que motoristas tomem decisões mais seguras antes de pegar a estrada.

Um risco pouco conhecido, mas muito perigoso

Embora grande parte da população esteja habituada a conferir bulas, muitas vezes essas informações são técnicas demais, extensas ou passam despercebidas. Com isso, motoristas podem subestimar os efeitos de um remédio aparentemente inofensivo.

O alerta é direto: o maior fator de risco pode não estar na rodovia, mas no que o motorista tomou antes de dirigir.

“Todo medicamento pode interferir na sua segurança ao dirigir”

Feriados e longas viagens aumentam a vulnerabilidade

O risco é maior em períodos de viagem, quando motoristas:

  • enfrentam longos trechos de estrada;
  • dirigem por horas seguidas;
  • lidam com calor, trânsito intenso e cansaço acumulado;
  • consomem remédios para dor, alergia, náusea ou desconfortos comuns em deslocamentos.

Por isso, iniciativas de orientação preventiva são especialmente relevantes em datas como esta.

Conscientização: um passo decisivo para reduzir sinistros

O serviço reforça a importância de integrar saúde e segurança viária — dois temas que, apesar de relacionados, raramente são tratados de forma conjunta no cotidiano.

A mensagem é clara: a direção segura começa muito antes de ligar o motor — começa na consciência do motorista.

O Doutor No Trânsito surge como uma ferramenta educativa, acessível e potencialmente decisiva para evitar que efeitos colaterais resultem em tragédias.

Redação

Matérias escritas pela equipe de Redação do Portal do Trânsito.

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