13 de dezembro de 2025

Segurança no transporte escolar: o que motoristas e pais precisam saber para proteger as crianças

Enquanto os ônibus escolares são considerados os veículos mais seguros nas vias, o comportamento dos motoristas e o cuidado dos pais ainda são fundamentais para garantir que as crianças cheguem à escola e voltem para casa em segurança.


Por Redação Publicado 14/11/2025 às 08h15
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Segurança no transporte escolar
O transporte escolar é seguro quando todos os envolvidos cumprem o seu papel. Foto: alfribeiro para Depositphotos

Mesmo com a proximidade do final do ano letivo, o Portal do Trânsito traz um alerta que precisa estar sempre presente: a segurança das crianças no transporte escolar. De acordo com a NHTSA (National Highway Traffic Safety Administration), agência norte-americana responsável pela segurança no trânsito, os ônibus escolares estão entre os veículos mais regulamentados e seguros das vias públicas, projetados para prevenir sinistros e reduzir ferimentos em caso de colisão.

Mesmo assim, especialistas reforçam que a segurança dos pequenos não depende apenas da robustez do veículo, mas também do comportamento dos motoristas e da educação das famílias.

“O transporte escolar é seguro quando todos os envolvidos cumprem o seu papel — motoristas, pais, escolas e, claro, as próprias crianças”, comenta o especialista em trânsito Celso Mariano, diretor do Portal do Trânsito.

A importância da conscientização dos pais

De acordo com a NHTSA, os motoristas têm papel essencial na prevenção de acidentes envolvendo ônibus escolares. No entanto, a segurança no transporte escolar também começa dentro de casa. Conforme o órgão, pais e responsáveis devem orientar seus filhos sobre como agir antes, durante e depois das viagens de ônibus.

As recomendações são simples, mas eficazes:

  • Manter-se a uma distância de cerca de três metros (ou cinco passos largos) do meio-fio, evitando aproximação desnecessária do tráfego.
  • Esperar o motorista sinalizar que é seguro embarcar antes de subir no ônibus.
  • Uma vez a bordo, sentar-se rapidamente e olhar para a frente durante o trajeto.
  • Ao desembarcar, esperar o ônibus parar completamente, olhar para a esquerda, direita e novamente para a esquerda antes de atravessar a rua.

Celso Mariano reforça que a educação no trânsito começa desde cedo. “Quando ensinamos uma criança a respeitar sinais, esperar o veículo parar e atravessar com segurança, estamos formando futuros condutores e pedestres mais conscientes”, explica.

A realidade brasileira: desafios e exemplos

No Brasil, embora os ônibus escolares sigam normas rigorosas de segurança — como o uso obrigatório de cinto de segurança, inspeções regulares e identificação padronizada —, a imprudência de motoristas de outros veículos ainda é um grande problema.

Casos de motoristas que não respeitam a parada de ônibus escolares são recorrentes. Em muitas cidades, faltam sinalizações adequadas, faixas de pedestres bem demarcadas e campanhas educativas contínuas.

“A travessia de uma criança sempre requer atenção máxima. Mesmo que a legislação brasileira imponha regras claras, a aplicação delas depende da consciência coletiva. É preciso empatia — lembrar que atrás daquele sinal de parada há uma vida em formação”, reforça Mariano.

Educação e respeito: pilares da segurança no entorno escolar

Garantir a segurança das crianças vai muito além das normas. É um compromisso social que envolve escolas, motoristas, autoridades e famílias. Campanhas educativas permanentes, como as promovidas pela NHTSA e por órgãos de trânsito brasileiros, ajudam a criar uma cultura de respeito e responsabilidade.

Como resume o especialista, “o trânsito é o maior espaço coletivo que temos, e é nele que se revela o grau de civilidade de uma sociedade. Respeitar o ônibus escolar é respeitar o futuro”.

Redação

Matérias escritas pela equipe de Redação do Portal do Trânsito.

1 comentário

  • Fernando Pedrosa
    14/11/2025 às 16:58

    Ótima análise meu amigo Celso.
    A Ong TRANSITOAMIGO, com o fundamental apoio jornalístico do Portal ESTRADAS, tambem sugeriu no passado a atuação direta dos pais no controle e acompanhamento do transporte escolar.
    Nem sempre veículo e motorista são da instituição de ensino. Em muitos casos o serviço e terceirizado.
    Nas recomendações da TRANSITOAMIGO destacamos como fundamental verificar a formação especializada e a validade da CNH e do Exame Toxicológico.

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