13 de dezembro de 2025

Mercado automotivo: como o preço dos veículos afeta as escolhas dos brasileiros

Juros altos e real desvalorizado têm feito com que a compra de veículos novos deixe de ser prioridade; usados e até mesmo carros de aplicativo passam a ser preferência.


Por Agência de Conteúdo Publicado 25/10/2025 às 13h30
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Preço dos veículos
São vários os fatores que pressionam o preço dos carros. Foto: lovelyday12 / iStock

O preço do carro novo no Brasil não é nada acessível para boa parte da população. Levando em conta a Tabela FIPE e os automóveis mais vendidos no país, o ticket médio não sai por menos de R$ 150 mil. Levando em conta os carros mais baratos, um novo não sai por menos de R$ 80 mil, mesmo com a isenção de IPI de alguns carros 0km.

Fatores que afastam o consumidor do carro 0km

São vários os fatores que pressionam o preço dos carros: os juros altos afastam os consumidores dos financiamentos; o dólar caro acaba desvalorizando o real; os custos de produção de componentes como aço e microcondutores, que sofrem com tarifas, acabam encarecendo o produto final; entre outros.

Mesmo modelos fabricados nacionalmente sofrem com a alta do dólar. Afinal, cerca de 30% dos componentes dos carros são importados. O dólar alto pressiona a inflação, e, para manter o lucro, muitas montadoras repassam o valor para seus carros. Sendo assim, é normal que o consumidor precise recorrer a outros meios, caso queira ter um carro. 

Financiamento é uma solução mais viável

O financiamento, embora caro, ainda é o meio mais recorrente, por ser a opção mais viável para se comprar um automóvel. Afinal, poucas pessoas podem desembolsar altos valores à vista. Mesmo com juros altos, segundo a Anfavea, a busca pelo termo “financiamentos” aumentou 22%. Segundo a Webmotors, o crescimento foi de 50% em cerca de um ano.

Novos e seminovos com mais espaço no mercado

Outra opção tem sido recorrer aos carros seminovos e usados, seja para quem deseja trocar ou comprar um carro. Este mercado está em alta desde 2024, quando mais de 15,7 milhões de unidades foram vendidas, um recorde histórico para o setor. As prestações de um seminovo ou usado são muito mais acessíveis, quando comparadas com as de um novo.

A economia é de cerca de 30% quando se compara um seminovo a um 0km – uma diferença significativa. Se forem colocados na balança outros custos, como seguro e IPVA, o seminovo leva bastante vantagem. Logo, o custo-benefício acaba sendo muito mais positivo, o que explica o sucesso dessa categoria.

Carro por aluguel ou assinatura é opção para quem precisa de carro

No mais, muitas pessoas recorrem a outras alternativas que não envolvem a aquisição de veículos. Dentre elas, a assinatura tem caído cada vez mais no gosto dos consumidores. Por um valor determinado, o motorista tem sempre um carro 0km à disposição, sem precisar se preocupar com burocracias, manutenção e depreciação, por exemplo.

O transporte por aplicativo é uma opção também, principalmente para quem não precisa usar o carro todos os dias, podendo até mesmo ser uma escolha mais econômica. Disponível sob demanda, a um toque do celular, também isenta o usuário de preocupações com combustível, seguro, manutenção ou mesmo com lugar para estacionar. 

Há ainda quem opte pelo transporte público ou por outros meios, como moto ou bicicleta. Muitas vezes, a opção é feita pela comodidade ou pelo tempo que pode ser economizado. Ademais, o trânsito das cidades também é algo que acaba fazendo com que cada vez menos as pessoas tenham vontade de sair dirigindo.

Assim, o comportamento do consumidor é algo que oscila conforme a necessidade, tal qual a Tabela FIPE de muitos carros. A opção por comprar, assinar ou usar transporte público acaba sendo algo bastante pessoal e que pode variar conforme várias situações. No fim, a economia de tempo, dinheiro e energia acaba pesando mais.

Agência de Conteúdo

Conteúdo enviado por agência especializada em parceria com o Portal do Trânsito.

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