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Mobilidade urbana: grandes tendências mundiais são aplicáveis à realidade brasileira?


Por Pauline Machado Publicado 27/07/2022 às 21h00 Atualizado 08/11/2022 às 21h06
 Tempo de leitura estimado: 00:00

Especialista explica como aplicar as grandes tendências mundiais de mobilidade urbana à realidade brasileira. Leia!

Quando pensamos, falamos ou ouvimos falar sobre grandes tendências de mobilidade, é comum pensarmos ou nos referirmos a cidades como Paris, Amsterdam ou Nova Iorque. Mas, por que o Brasil não entra nessa lista ao pensarmos em cidades e países inteligentes?

De acordo com Pedro Somma, CSO da MaaS Global, embora sejam realidades distintas, grande parte das dores vividas pelas pessoas na mobilidade é igual em qualquer lugar do planeta.

“São Paulo é uma metrópole enorme, com um ecossistema de mobilidade imenso e complexo. Para movimentar sua população de mais de 11 milhões de pessoas, diariamente, saem das garagens 14 mil ônibus, além de diversos metrôs, trens e automóveis. Em toda essa complexidade, é quase impossível esperar que tudo saia como planejado pela gestão pública. Daí a necessidade de manter o usuário atualizado do que ocorre em sua rota, dor de onde nasceu a Quicko, em 2018”, evidencia.

Somma ressalta que, assim como os brasileiros, é possível que os londrinos também tenham que lidar com o mesmo desafio. “Não à toa. Após a abertura dos dados de mobilidade pela TFL – Transport for London, foram desenvolvidas mais de 400 aplicações para apoiar a população da cidade”, ilustra.

De acordo com ele, o conceito de Mobility as a Service (MaaS) nasceu em Helsinki, capital e maior cidade da Finlândia, com 1,5 milhões de moradores na sua região metropolitana – menos pessoas que na zona leste da cidade de São Paulo. No entanto, mesmo em um ambiente bem menos populoso do que o visto em solos brasileiros, o aplicativo Whim foi pioneiro mundialmente em vender planos mensais de mobilidade, com diversos meios de transporte incluídos. “Por lá, já é possível adquirir créditos para transporte público, bicicletas compartilhadas e táxi em um só pacote. O aplicativo também é usado como chave para validar o pagamento, eliminando a necessidade de um cartão físico”, acrescenta.

Troca de experiências

O executivo da MaaS Global também enfatiza que há muitos desafios compartilhados entre brasileiros, finlandeses, ingleses e outros tantos quando se fala em mobilidade, tornando a busca por novas tecnologias, soluções e aprendizados algo internacional. Por isso, há alguns meses anunciamos que MaaS Global, empresa que desenvolveu e lançou o aplicativo Whim, e a Quicko seriam uma só. Vamos trabalhar conjuntamente para melhorar a mobilidade ao redor do mundo. Desde então, tivemos oportunidades importantes de troca e aprendizados sobre soluções aplicadas em São Paulo e Salvador, algumas das cidades onde a Quicko opera. Além disso, também aquelas que têm tornado mais conveniente a vida dos cidadãos de Helsinki, da Antuérpia e da Suíça”, frisa.

Somma reforça que desde 2015 a plataforma da Whim reúne conhecimento e tecnologia desenvolvida que, adaptados à realidade brasileira, poderão tornar a vida de milhões de pessoas melhor.

O exemplo mais óbvio dessas oportunidades é, segundo ele,  poder oferecer a opção de assinaturas de mobilidade por aqui também. “Bem estruturado, tal produto pode tornar o custo mensal de deslocamento mais acessível aos brasileiros. Isso porque ele permite o uso eficiente da malha de mobilidade das cidades. Além disso, a validação diretamente pelo app representa uma revolução para o usuário que não precisaria mais do cartão. E, também, para o próprio operador de bilhetagem, que terá um custo relevante reduzido”.

No entanto, para que isso seja possível, ele assegura que a busca por transformações não pode ser apenas do lado das startups. Para o especialista, as experiências internacionais devem inspirar também o setor público e operadores pelo mundo. Ecossistemas de mobilidade abertos, com priorização de transportes de baixa emissão de CO2 e foco na experiência das pessoas são responsabilidade de todos que em tal sistema estão.

“No mês passado,  o Connected Smart Cities, juntamente com o Estadão Mobilidade, nos trouxe uma oportunidade única para nos inspirarmos sobre o tema: o Parque da Mobilidade Urbana, que aconteceu no Memorial da América Latina, com painéis e debates ricos sobre as tendências e experiências de mobilidade. Sampo Hietanen, CEO da MaaS Global e inventor do conceito de Mobility as a Service, esteve no evento como keynote speaker, assim como Eleonora Pazos, Head of Latin America da UITP – União Internacional de Transporte Público. Sem dúvida, foi uma oportunidade única para todos nós nos inspirarmos um pouco mais com experiências globais. Assim, seguimos transformando nossos cenários locais”, finaliza Pedro Somma, CSO da MaaS Global.

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