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Internações por acidentes de trânsito aumentam quase 60% em dez anos


Por Talita Inaba Publicado 05/08/2013 às 03h00 Atualizado 08/11/2022 às 23h33
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Na avenida com velocidade máxima de 60 quilômetros por hora, o radar registra dez flagrantes em 40 minutos. Cerca de 1.350 motoristas são multados por dia em Belo Horizonte por correr demais. O excesso de velocidade também é o maior motivo de multas. Mais de 400 mil cariocas foram multados este ano e quase um milhão e meio de motoristas de São Paulo foram flagrados dirigindo acima do permitido. Flagramos o desrespeito ao sinal vermelho em Belo Horizonte. Seis veículos cruzam o semáforo fechado. Pouco depois, o ônibus desvia do carro parado para cometer a infração. A faixa de pedestres também não é respeitada. Dois ônibus e dois carros passam enquanto as pessoas aguardam para atravessar. As mortes no trânsito diminuíram 1% no primeiro trimestre deste ano, mas o número de feridos graves aumentou. As indenizações pagas por invalidez permanente cresceram 33% e 75% dos segurados foram pessoas envolvidas em acidentes com motos. O maior hospital de trauma do Ceará atende, em média, 30 feridos por dia, a maioria em acidentes de moto. “Chegamos a ter plantões aqui, dia de domingo, de atendermos, em 24 horas, mais de 70 pacientes só de moto”, diz Osmar Aguiar, diretor clínico do IJF. O perfil das vítimas de acidentes do interior é diferente em relação às da capital. Enquanto nas grandes cidades a maioria é homem, entre 18 e 40 anos de idade, nos municípios mais afastados, a imprudência e a falta de fiscalização fazem vítimas cada vez mais jovens. Nos flagrantes, adultos transportam crianças, também sem proteção. Foi assim que um menino de seis anos feriu gravemente o pé. Ele estava na garupa da moto guiada pela mãe, que não tem carteira de habilitação. “A gente sabe que é errado andar de moto quem não tem carteira. Me sinto culpada do acidente dele”, diz Mickelline Rocha de Lima, costureira. “Esses menores, muitos ficam sequelados, muitos ficam tetraplégicos, então, isso precisa ser discutido, porque são meninos que vão ficar sequelados para o resto da vida”, revela Vivianny Bezerra, chefe do serviço social do IJF. Fonte: Jornal Hoje

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