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Alerta ao dirigir com queimadas em algumas estradas do país


Por Talita Inaba Publicado 10/08/2013 às 03h00 Atualizado 08/11/2022 às 23h32
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As queimadas de pastos são tradicionais em Goiás durante os primeiros meses do segundo semestre. Diante de dezenas de focos já registrados às margens das rodovias federais que cortam o Estado, a Polícia Rodoviária Federal (PRF) está, inclusive, recomendando atenção redobrada aos condutores que transitarem por local onde haja focos de fogo. De acordo com a assessoria de comunicação da PRF em Goiás, a primeira atitude do usuário ao se deparar com uma queimada às margens das rodovias é acionar a polícia para que seja feita a orientação do trânsito na região. As dicas da PRF nesses casos são: avaliar a extensão que ele vai passar e só prosseguir se realmente tiver segurança, acionar os faróis de luz baixa, reduzir a velocidade e ligar o sistema de ventilação interna. Caso contrário, o condutor deve parar o veículo, preferencialmente fora da rodovia ou local distante do foco de incêndio. No Centro-Oeste nesta época do ano, a baixa umidade do ar, que tem ficado abaixo dos 20%, faz o risco de queimadas na região aumentar. O índice recomendado pela Organização Mundial de Saúde é de 60%. Com a umidade baixa, o capim fica seco, pega fogo com facilidade e se espalha rapidamente. Em Goiás, não chove há mais 40 dias e nos primeiros dias do mês os bombeiros já identificaram mais de 140 focos de incêndio. Em julho do ano passado, foram registrados 569 focos de queimadas e no mesmo mês deste ano, foram 771 focos. Os focos do incêndio, de acordo com o Corpo de Bombeiros e a Polícia Rodoviária Federal, são vistos de longe. Os animais tentam correr das labaredas. A vegetação, seca neste período, do Parque Estadual da Serra de Jaraguá, que tem quase três mil hectares, e que fica a 130 quilômetros de Goiânia, está há cerca de cinco dias queimando. Homens do Corpo de Bombeiros já havia conseguido extinguir as chamas na noite de quinta-feira (8), mas ontem tiveram que retomar os trabalhos por causa de novos focos. Segundo os Bombeiros, o vento é um dos principais inimigos porque empurra as chamas para outras áreas. E aí surge outra preocupação: evitar que o fogo atinja fazendas destruindo pastagens. Os bombeiros receberam uma denúncia sobre a provável causa do incêndio. “São indícios de que em uma fazenda vizinha ao parque, um trabalhador tenha colocado fogo em uma casa de marimbondo, esse fogo tenha perdido controle e entrado no parque”, declara Tiago Costa, capitão dos Bombeiros. PRISÕES Moradores da região também ajudam no combate. Fora de controle, o fogo é uma ameaça para a reserva. Somente neste ano, duas pessoas já foram presas em flagrante por atearem fogo em matas às margens de rodovias. Em 2012, fogo e fumaça provocaram 79 acidentes, que deixaram seis pessoas mortas e 49 feridas nas nove BRs que passam por Goiás. O coordenador de operações do Corpo de Bombeiros, capitão Luiz Carlos Francisco dos Santos, explica que o novo incêndio atinge uma região do parque conhecida como Serra da Bocaina. Para tentar combater as chamas, um comandante e mais 20 homens da corporação de Jaraguá trabalharam no local durante toda a madrugada De acordo com o Corpo de Bombeiros, o primeiro incêndio, que começou na manhã de terça-feira (6), destruiu 30% do parque. De acordo com o delegado titular da Dema, Luziano Severino de Carvalho, a pena para quem provoca incêndio em áreas de preservação ambiental pode variar de um a cinco anos de prisão, além de multa de R$ 5 mil por hectare queimado. O Parque Estadual da Serra de Jaraguá é uma unidade de conservação pertencente ao grupo de Proteção Integral. A reserva foi criada em 1998 e demarcada no ano passado. O local é muito utilizado por praticantes de esportes radicais como mountain bike e voo livre. Segundo os bombeiros, a rampa utilizada para voo livre está interditada devido à quantidade de fumaça no local. Fonte: DM

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