27 de março de 2025

27 de março de 2025

Com nova lei, viagem de caminhão pelo País pode ficar até 20% mais cara


Por Talita Inaba Publicado 13/11/2012 às 02h00 Atualizado 08/11/2022 às 23h58
Ouvir: 00:00

Apesar de entender que uma melhor regulamentação da atividade dos caminhoneiros seja necessária, empresários temem que a elevação dos custos com logística seja relevante com a nova lei do setor, que começa a vigorar em março do próximo ano. O JBS estima, por exemplo, que cada viagem de caminhão pelo País pode ficar até 20% mais cara, quando a nova lei entrar em vigor. Entre os principais motivos para o aumento dos custos está a obrigatoriedade de repouso de 11 horas dos motoristas a cada 24 horas, parada para as refeições de uma hora, jornada máxima de trabalho de oito horas, com no máximo duas horas extras por dia e paradas de descanso de 30 minutos a cada quatro horas de condução. Mas, para alguns especialistas, é possível anular esse aumento de custo e até ganhar dinheiro com a medida. Como a frota brasileira terá de ser controlada, especialistas estimam que ficará mais fácil controlar rotas, colocar planejamento no setor e, assim, compartilhar caminhões com outras empresas, reduzindo os custos totais. O outro lado. “Na verdade, a lei assusta em princípio, mas ao determinar a necessidade de monitoramento total dos caminhões vai criar um transporte mais inteligente, permitir mais compartilhamentos de estrutura”, afirmou Gustavo Coelho, diretor comercial da Sascar, empresa de localização e soluções em monitoramento de veículos e de gestão de frota. A Sascar, contudo, espera crescer com a regulamentação. Hoje em dia, metade da frota nacional de 2 milhões de caminhões já possui algum tipo de sistema de monitoramento. Para colocar o sistema na outra metade da frota, provavelmente serão necessários investimentos de R$ 1,5 bilhão, calcula a empresa. O custo de implantação por veículo fica entre R$ 2,5 mil e R$ 4,5 mil. “A princípio, a nova lei gera custos, mas o fato de ter uma frota mais inteligente e controlada pode trazer benefícios para as empresas que se planejarem”, afirma Coelho. / H.G.B. Fonte: Estadão.com

Comentar

O seu endereço de e-mail não será publicado. Campos obrigatórios são marcados com *