Drogas e medicamentos também comprometem a direção segura
Estados psicológicos e emocionais alterados podem afetar a capacidade de dirigir ou pilotar com segurança. O homem interfere artificialmente nessas condições ao utilizar substâncias químicas que alteram o funcionamento cerebral. E não é só do álcool que estamos falando, drogas e medicamentos também podem comprometer a direção segura. “Infelizmente o uso de drogas alucinógenas, estimulantes, relaxantes ou entorpecentes é muito comum em todos os níveis da nossa sociedade. Essas drogas, assim como o álcool, alteram nosso padrão de percepção e consciência da realidade e de nosso próprio estado”, explica Celso Alves Mariano, especialista em trânsito e diretor do Portal.
A capacidade intelectual do ser humano está classificada em oito inteligências: a da comunicação, a do raciocínio lógico, a da noção de espaço, a da coordenação motora, a do autoconhecimento e compreensão, a de se relacionar, a de se situar no meio ambiente e a da distinção e interpretação dos sons. Para cada tarefa que realizamos utilizamos várias dessas inteligências. A habilidade de dirigir ou pilotar exige do motorista a utilização de todas as oito. “Apesar de estar com a sua capacidade comprometida, o indivíduo sob o efeito de drogas, pensa que está em plenas condições psicológicas e físicas”, alerta Mariano.
Medicamentos
A ingestão inadequada de medicamentos, em excesso ou combinada com outras substâncias, também pode alterar o comportamento do condutor. Algumas pessoas, inclusive, fazem o uso proposital destas substâncias para afasta o cansaço e o sono, são os populares “rebites”. “O enorme risco gerado por essas drogas é que elas adiam uma necessidade natural de descanso do organismo. Ao passarem seus efeitos, o motorista pode dormir repentinamente e causar um grave acidente”, diz o especialista.
Já alguns medicamentos usados comumente pelas pessoas provocam efeitos colaterais perigosos, como alterações sensoriais, tonturas e sonolência e que também podem levar o condutor a causar acidentes. São eles: moderadores de apetite, antidepressivos, corticoides e anti-histamínicos. “Cabe a cada um conhecer o medicamento que utiliza, tomando as medidas de segurança recomendadas pelo médico”, conclui Mariano.