Hábitos ao volante podem reduzir a vida útil da junta homocinética
Excesso de torque, trancos nas arrancadas, excesso de carga e veículo desalinhado provocam desgaste prematuro da junta homocinética. Ruídos e estalos ao esterçar podem indicar problema do componente
Projetada com a função de transmitir de forma constante o torque do motor às rodas, quando estão em movimento, a junta homocinética, peça articulada que liga o semieixo à roda, é um importante componente no sistema de transmissão de força do veículo e requer alguns cuidados do motorista para que seja garantida a sua vida útil. “O excesso de torque e trancos na arrancada podem provocar maior desgaste na peça”, afirma Jair Silva, supervisor de serviços da Nakata. Segundo Silva, veículo com problema de alinhamento e que esterce acima do máximo recomendado pode até provocar a quebra da junta homocinética. Excesso de c arga e trancos também podem danificar a peça.
“É preciso ficar atento nas curvas. Ruídos e estalos ao esterçar o veículo podem ser sinais de que está na hora de fazer a manutenção na junta homocinética”, ressalta o supervisor de serviços, acrescentando que graxa no piso também pode indicar problemas na peça. Já se o barulho for originado ao acelerar o carro em linha reta pode ser defeito na junta deslizante do lado do câmbio.
A coifa, que é a manga de borracha que protege a junta homocinética da contaminação de resíduos como poeira, chuva e lama, também pode rasgar. “Uma vez cortada, há penetração de abrasivos para o interior da coifa e perda de graxa, o que ocasiona desgaste e marcas profundas que provocarão ruídos”, adverte.
A recomendação é fazer uma avaliação entre 5 e 10 mil km da junta homocinética, especialmente, da coifa. A durabilidade da junta homocinética pode ser extensa dependendo das condições de uso do veículo. Em caso de quebra de qualquer uma das juntas, o veículo não traciona e para de funcionar.
Silva lembra também que caso ocorra a troca da junta homocinética é necessário realizar o alinhamento do veiculo.