Nós usamos cookies para melhorar a sua experiência em nossos sites, personalizar publicidade e recomendar conteúdo de seu interesse. Ao acessar o Portal do Trânsito, você concorda com o uso dessa tecnologia. Saiba mais em nossa Política de Privacidade.

01 de dezembro de 2024

Estudo mostra que pais não colocam cinto nas crianças em viagens curtas


Por Mariana Czerwonka Publicado 04/10/2013 às 03h00 Atualizado 08/11/2022 às 23h28
Ouvir: 00:00

Crianças na cadeirinha

No Brasil, acidentes de carro são a terceira maior causa de mortalidade infantil. Veja como é possível deixar as crianças confortáveis sem esquecer da segurança

Um estudo americano conduzido pela ONG Safety Child mostrou que 1 em cada 4 pais não coloca o cinto de segurança nas crianças quando a distância a ser percorrida é muito curta. “O risco parece ser menor por causa da distância, mas essa é uma situação que a gente acha que nunca vai acontecer, então você abre uma exceção e corre um risco sem volta”, diz Alessandra Françoia, coordenadora Nacional da ONG Criança Segura.

O uso do Bebê Conforto (crianças com até 13 Kg), da cadeira de segurança (entre 13 e 18 kg) e do assento de elevação (entre 15 e 36kg) é essencial para evitar acidentes, mas eles devem ser instalados corretamente e o uso do cinto de segurança é indispensável. Um estudo da Companhia de Engenharia de Tráfego (CET) mostra que cerca de 50% dos acidentes graves e/ou fatais ocorrem a menos de 50 km de casa, outros 25% ocorrem entre 50 e 200 km. Ou seja, mais da metade dos acidentes graves e/ou fatais ocorrem em menos de 30 minutos de passeio. “O uso do cinto de segurança nos equipamentos deve ser usado independente da distância a ser percorrida e isso deve ser um hábito da família”, diz Alessandra.

O estudo da Safety Child mostra que quando os pais abrem exceções ao uso do cinto de segurança, eles estão mostrando para as crianças que esse não é um item de muita importância. Mais tarde, elas também pode abandonar o hábito de usar o cinto de segurança.

No Brasil, uma pesquisa feita pela ONG Criança Segura em setembro de 2012, analisou pessoas com 18 anos ou mais que dirigem e transportam crianças de até 10 anos. A cada 10 pessoas entrevistadas, 3 admitiram não usar a cadeirinha.

Outra exceção que os pais fazem é quando a distância a ser percorrida é muito grande, e as crianças acabam ficando com sono. Pelo conforto delas, eles acabam abrindo mão do uso do cinto de segurança. “Viagens mais longas ou durante a noite são mais perigosas, pois a velocidade é mais alta”, explica Alessandra.

Além disso, afrouxar o cinto de segurança ou passar a tira lateral (quando o cinto é de três pontos) atrás das costas da criança são outras saídas que muitas vezes os pais acham em nome do conforto. “Em relação ao cinto de segurança, não pode mudá-lo de lugar e nem afrouxá-lo. Caso contrário, a criança fica com maior movimento e as lesões do impacto na coluna e em outras regiões são mais severas”, conta a especialista, “E assim, ele perde sua utilização, já que o travamento não será acionado”.

Nos Estados Unidos, acidentes de carro são os principais responsáveis por morte infantil. No Brasil, essa é a terceira maior causa. Para deixar a criança mais confortável, sem abrir mão da segurança, Alessandra indica o uso de travesseiros nas laterais dos equipamentos de segurança, como o bebê conforto e da cadeirinha. Assim, a criança adormece com a cabeça inclinada para o lado. “A partir do ano que vem, será obrigatório o encosto nos assentos de elevação, que além de ser mais confortável, protege contra impactos laterais”, antecipa.

Fonte: Revista Crescer

Comentar

O seu endereço de e-mail não será publicado. Campos obrigatórios são marcados com *