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24 de janeiro de 2025

Crash-test: uma batida feita para melhorar seu carro


Por Mariana Czerwonka Publicado 29/01/2013 às 02h00 Atualizado 08/11/2022 às 23h50
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Um veículo dispara e bate com força contra uma barreira. O efeito visual da batida gera curiosidade e atrai a atenção de muita gente. Mas será que todos sabem por que essa experiência é feita?

Tudo passa pela série de normas que precisam ser atendidas para o desenvolvimento de um veículo. Elas exigem a realização de diversos testes, claro, para haver uma certeza de que o carro é seguro, eficiente e se comporta de maneira adequada na ocorrência de uma colisão. São os famosos crash-tests, também chamados de ensaios de impacto.

Eles existem para analisar a segurança dos ocupantes numa batida, para verificar a qualidade das peças, e também para avaliar a reparabilidade. Este último caso é justamente o tipo de trabalho desenvolvido pelo CESVI, que vai gerar dados para a composição do ranking CAR Group. Clique aqui e acesse o índice CAR Group.

Velocidades diferentes, objetivos distintos

As velocidades e formas de impacto são definidas por normas e podem variar de 2 km/h até 64 km/h. Impactos com velocidades de até 16 km/h são destinados a testes de componentes, como para-choques e crash-boxes (o que tem a ver com reparabilidade). Nesses impactos, o airbag frontal não pode ser deflagrado, pois causaria ferimentos nos ocupantes do veículo.

Impactos acima de 27 km/h têm o objetivo de analisar a segurança dos ocupantes, sendo feitos de diversas formas e sentidos do veículo, chegando a até 64 km/h em um impacto frontal sobre uma barreira deformável. Mas não existem só impactos frontais. As grandes montadoras também promovem impactos laterais, impactos contra postes, impactos contra para-choques de caminhões, impactos traseiros, entre outros.

Todos esses testes são feitos visando a evitar que o corpo dos ocupantes encoste em partes rígidas internas dos veículos, como painéis de instrumentos, colunas laterais e portas, situações que poderiam provocar ferimentos graves em caso de colisão. No caso de impactos traseiros, também há preocupação com vazamento de combustível.

Nossos “dublês”

Como ninguém é maluco de dirigir o carro num crash-test, os pesquisadores usam dummies, que são bonecos antropométricos, que simulam um ser humano e são dotados de sensores espalhados por todo o corpo. Depois de um impacto, os dados dos sensores são analisados por engenheiros da montadora.

Todo esse procedimento demora para ser efetuado. Para se ter uma ideia, um crash-test de baixa velocidade, que não demanda instrumentação, demora em torno de 35 dias para ser finalizado. Isso inclui a preparação do veículo antes do impacto, o impacto em si e a análise do veículo após a batida. Em caso de veículo instrumentado, ou seja, com sensores para análise de carroceria e dummies, só a preparação pode demorar mais de 15 dias.

Todo esse trabalho existe para que a montadora desenvolva um veículo com mais tecnologia e com mais proteção aos ocupantes. E o CESVI contribui para uma análise mais técnica das seguradoras na hora de precificar o seguro dos carros.

Fonte: CESVI Brasil

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