Pais também devem estar preparados para volta às aulas
Mariana Czerwonka
Volta às aulas, para muitos, quer dizer congestionamento, irritação, pressa, etc. O que poucos sabem é que a maioria dos acidentes de trânsito envolvendo crianças acontece ao redor das escolas. “Quando você estuda as estatísticas percebe que o pico de acidentes acontece no horário de entrada e saída dos alunos”, afirma Elaine Sizilo, especialista em trânsito e consultora do Portal do Trânsito.
Em muitos desses casos quem compromete a segurança são os próprios pais e professores que não respeitam as leis de trânsito. “Eu aprendi a atravessar a rua, colocar o cinto de segurança, porque assim posso corrigir a minha mãe que às vezes faz coisas erradas”, ensina Alisson Martins, 10 anos, estudante. Segundo Sizilo, não basta educar as crianças se os próprios pais não derem o exemplo. “É essencial que os pais conheçam e respeitem as leis de trânsito e normas de direção defensiva. Aliado a isso é necessário que a fiscalização também seja mais rigorosa”.
Cadeirinha
De acordo com a legislação vigente é obrigatório o uso de cadeirinhas de segurança para crianças menores de sete anos e meio, porém, a consultora do Portal do Trânsito aconselha “é importante verificar a altura e o peso da criança, se ela completar sete anos e meio e o cinto continuar passando no pescoço, deve-se adiar a retirada do assento de segurança”, afirma.
Os veículos de transporte escolar estão dispensados da lei, mas a Coordenadora Nacional da ONG Criança Segura, Alessandra Françóia, faz um alerta aos pais.“Essa é a única forma segura de transportar a criança dentro do veículo. Em qualquer situação, a criança deve utilizar a cadeirinha de segurança adequada para o seu tamanho, seja no transporte escolar ou táxi”.
Segundo dados do Ministério da Saúde quase 2000 crianças morrem a cada ano como vítimas de acidente de trânsito. “Acreditamos muito na Educação de Trânsito tanto para crianças como para adultos, acho que só assim poderemos garantir que no futuro tenhamos um trânsito melhor para todos”, conclui Sizilo.