Uso de máscara volta a ser obrigatório no transporte público de SP
Decisão foi tomada para prevenir o avanço da covid-19.
O uso de máscara no transporte público volta a ser obrigatório a partir deste sábado (26) na capital paulista. A decisão foi tomada com base na análise técnica do Conselho Gestor da Secretaria Estadual de Ciência, Pesquisa e Desenvolvimento em Saúde para prevenir o avanço dos casos de covid-19. O governo estadual recomenda que todos os municípios do estado adotem a medida, além de alertar a população para que todos completem o ciclo vacinal, importante para garantir maior proteção contra o coronavírus e amenizar os efeitos do vírus.
Para reforçar a medida assim como conscientizar a população sobre os cuidados de prevenção e combate à disseminação do coronavírus, a prefeitura da capital paulista começou na segunda-feira (21) a distribuir de máscaras nos 32 terminais de ônibus da cidade, das 7h às 10h. A ação continua na próxima semana. Até o momento foram distribuídas mais de 350 mil máscaras.
Em seis terminais (Santo Amaro, Vila Nova Cachoeirinha, Sacomã, Parque D. Pedro, Itaquera e Pinheiros) ocorre também no mesmo horário a vacinação contra a covid-19 para a população acima de 3 anos de idade. Até esta quinta-feira (24), houve a aplicação de 3.715 doses nesses locais.
Vacinação
A vacinação ainda está disponível em todas as unidades básicas de Saúde (UBS) bem como assistências médicas Ambulatoriais Integradas (AMA/UBS) de segunda-feira a sexta-feira. Aos sábados, está disponível nas AMA/UBS Integradas, das 7h às 19h. É possível consultar os endereços das unidades no Busca Saúde na pagina da prefeitura.
Segundo nota do Conselho Gestor da Secretaria Estadual de Ciência, Pesquisa e Desenvolvimento em Saúde do dia 23, as internações por covid-19 em leitos de enfermaria e UTI cresceram 156% e 97,5% respectivamente nos últimos 14 dias. Já se chegou a uma média diária de mais de 400 novas internações.
“A velocidade de aumento de internações [5% ao dia para pacientes em UTI e 7% por dia para pacientes em enfermarias] e taxas de ocupação de leitos de UTI [44% no estado de São Paulo e 59% na região metropolitana de São Paulo] é acentuada e começa a pressionar os sistemas de saúde público e privado”, diz nota do conselho.
De acordo com o conselho, apesar do patamar alto na região metropolitana de São Paulo, observa-se aumento também nas regiões do interior e litoral do estado. Inclusive com afastamento de profissionais da saúde por infecção pela covid-19.
O conselho alerta ainda para a circulação de diversas subvariantes da variante Ômicron. A predominância ainda é da subvariante BA.5, no entanto, há crescimento progressivo de casos relacionados à subvariante BQ1.
“As internações referem-se principalmente a pacientes mais idosos e/ou com comorbidades ou imunodeprimidos. Ou seja, os mais vulneráveis a descompensações e complicações relacionadas à infecção pelo Sars-Cov-2. Isso permite prever aumento de óbitos nas próximas semanas”, informa o conselho.
Segundo levantamento do conselho, há pelo menos 10 milhões de adultos que não tomaram a primeira dose de reforço. Além disso, 7 milhões não tomaram a segunda dose de reforço, e há a necessidade de aumentar a cobertura vacinal de crianças e adolescentes.
As informações são da Agência Brasil