Caminhoneiros voltam a bloquear rodovias em todo Brasil
Novas manifestações começaram, na madrugada dessa quinta-feira, depois que o governo federal e a categoria não chegaram a um acordo sobre a tabela do preço do frete, em uma rodada de negociação que aconteceu ontem em Brasília.
Para Ivar Schmidt, líder de um dos movimentos de caminhoneiros chamado Comando Nacional de Transporte, o problema é que muitos caminhoneiros dependem de uma tabela mínima para basear seus custos de frete.
“A principal reivindicação nossa é a criação do frete mínimo. É uma questão de sobrevivência para a categoria hoje. Em geral, o pessoal que trabalha com caminhão não tem um grau de instrução muito elevado, não sabe calcular o custo de transporte e acaba carregando por menos do que é o custo real. Por isso, a gente está exigindo essa tabela do frete mínimo, como se fosse um salário mínimo, para que garanta pelo menos a cobertura dos custos”, disse Schmidt para a Agência Câmara.
Levantamento da Polícia Rodoviária Federal (PRF) divulgado às 11 horas desta quinta-feira (23) registrava 14 interdições parciais de rodovias no País, sendo três no Paraná, seis no Rio Grande do Sul, e cinco em Mato Grosso. Mas, esse número deve ser bem maior porque não abrange as paralisações realizadas nas vias estaduais.
Segundo a Polícia Rodoviária Federal apenas veículos de passeio, ambulâncias e caminhões com cargas vivas podem passar livremente. Não há previsão para liberação das vias.
Histórico
Protestos de caminhoneiros em fevereiro e início de março paralisaram dezenas de rodovias, afetando exportações brasileiras e a movimentação de cargas no país, com reflexos negativos para a economia.